O Teatro-Cine da Covilhã foi o palco escolhido para a realização
do IV FATFUBI (Festival Acedémico de Tunas Femininas da Universidade da
Beira Interior). Este evento deu início ao Art'UBI - Mostra de Artes da
UBI no passado sábado, 12. No dia anterior foi feita a recepção
às Tunas participantes, seguida de uma visita às instalações
da UBI, e uma "passa-callas" com animação pelas ruas da
Covilhã.
Organizado pelas Moçoilas - Tuna Feminina da AAUBI ( Associação
Académica da Universidade da Beira Interior), o festival trouxe à
Covilhã, quatro tunas oriundas de diferentes academias do País.
"O festival teve uma aceitação muito grande", afirma Emília
Baltazar, responsável das Moçoilas.
Sábado foi o dia mais esperado pelo público, que praticamente encheu
a plateia do Teatro-Cine para ver e ouvir as diferentes prestações.
O grupo musical do CABOUBI (Núcleo de Estudantes Cabo-Verdianos da Universidade
da Beira Interior) deu início ao espectáculo e fez delirar o público
presente, com músicas e danças tradicionais de Cabo Verde.
Grupos como Orquestra Académica Já B'UBI & TOKUSKOPUS e Bombos
da Casa do Povo do Paúl, animaram a noite e no final receberam o prémio
de participação.
Depois da animação dos grupos convidados, começa o concurso
de Tunas, com a subida ao palco da FEMINIS JUVENTIS ( Tuna Académica Feminina
da Universidade do Algarve), que conta já com dois CDs gravados. Para a
porta-voz da Tuna, "as nossas actuações correm sempre bem quando
estamos divertidas e foi o que aconteceu hoje". A mesma opinião é
partilhada por Joana Afonso, porta-voz da TFST (Tuna Feminina do Instituto Superior
Técnico), que estava à espera que a actuação corresse
mal devido ao problema que alguns elementos da Tuna tinham com a voz. "Acho
louvável o facto das Moçoilas conseguirem reunir várias Tunas
com conteúdos diferentes de cultura e tradição". Fomos
muito bem recebidas e gostámos da forma como o público reagiu à
nossa prestação", conclui.
A TUNA d'ELAS da Universidade da Madeira interpretou o tema "Foi Deus"em
homenagem à diva da música portuguesa, Amália Rodrigues,
que suscitou no público um grande aplauso demonstrativo de que a memória
da grande fadista se encontra bem presente no coração dos portugueses.
" É sinal que nós conseguimos transmitir o que nos vem na alma",
sublinha Tânia Matias, responsável da Tuna.
Chegada à hora da verdade a TUNA d'ELAS arrecadou os prémios de
melhor solista, melhor instrumental, melhor porta-estandarte, melhor bandeireta
e melhor Tuna. Por último, o prémio Tuna-mais-Tuna, foi para a Tuna
feminina da Universidade do Algarve.
"O festival foi muito bom, todas as Tunas tiveram grande qualidade, a organização
está de parabéns e o público portou-se à altura. Esta
iniciativa deve-se repetir pelo menos todos os anos", afirma Paulo Lopes,
um dos espectadores presente no festival.
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