Por Catarina Rodrigues



Mais de 30 conferencistas participaram nas jornadas

Trocar impressões científicas e divulgar novos conhecimentos foi o principal objectivo das VIII Jornadas de Medicina Interna da Beira Interior. Mais de 30 conferencistas oriundos de vários pontos do país discursaram sobre diferentes temáticas. Para Garcia Oliveira, presidente da comissão organizadora das jornadas, "esta é uma forma de médicos e enfermeiros tomarem conhecimento do que está a ser feito em cada hospital".
O Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB) contribuiu com o maior número de participantes. Estiveram também presentes médicos do Hospital da Universidade de Coimbra, Centro Hospitalar de Coimbra, Hospital Sousa Martins, da Guarda, Hospital Amato Lusitano, de Castelo Branco e Hospital Infante D. Pedro, de Aveiro.
Ao longo dos dois dias em que decorreu a iniciativa foram abordados vários temas distribuídos por diversas sessões. "Pé Diabético", "Pneumonias adquiridas na Comunidade", Vasculites", "Patologia da Tiróide", "Hipertensão Arterial" e "Osteoporose" foram algumas das questões discutidas. O diagnóstico das doenças, o seu tratamento e a forma de lidar com o doente tiveram sempre lugar de destaque.
Para o Coordenador da Sub-Região de Saúde, este evento já está enraizado na Beira Interior. "Trata-se de uma área de debate onde as contradições aparecem e onde as pessoas podem aprofundar novas vertentes de desenvolvimento na área da saúde", salienta. Francisco Baptista pediu nas jornadas uma melhor articulação entre os Hospitais e os Centros de Saúde. O coordenador explica que "há elos de ligação importantes entre ambas as partes, o que é preciso é melhorar a organização existente". Francisco Baptista tem esperança de que "no futuro os ventos soprem a favor da Gestão Hospitalar".

 





João Casteleiro defende um novo estatuto para o Hospital da Covilhã



O director do CHCB tem uma visão muito crítica face à nova lei de Gestão Hospitalar aprovada recentemente pelo Governo. Segundo João Casteleiro "o Centro Hospitalar da Cova da Beira está a ser discriminado relativamente a outros hospitais". Nas outras instituições hospitalares do País onde é ensinada a medicina não é introduzido, por enquanto, o estatuto empresarial. Mas, esta situação vai se aplicada ao Hospital da Covilhã, o que deixa o director da instituição insatisfeito.
"Tem que se aproveitar a sinergia existente entre o Hospital e a Universidade", sublinha Casteleiro. O director do CHCB faz questão de salientar que "neste momento há uma sintonia completa entre os profissionais da saúde e os profissionais da Universidade da Beira Interior neste projecto que é comum".
João Casteleiro está convencido que a empresarialização não vai resolver os problemas da saúde. Defende ainda um estatuto diferente do que existe actualmente no CHCB. "Todos os hospitais universitários devem ser considerados do mesmo modo", termina.