Um albúm de extremos

Up


Peter Gabriel
EMI-VC/2002

 



Por Alexandre Silva


Desde "Us", álbum editado em Setembro de 1992, que Peter Gabriel não lançava nenhum trabalho de originais. No entanto, a definição de "Up" surgiu precisamente há 10 anos.
Este novo trabalho conta com as colaborações de Nusrat Fateh Ali Khan, numa das duas últimas aparições antes da sua morte. E conta ainda com os Blind Boys of Alabama, um grupo muito particular de vozes, ao lado de Youssou N'Dour, nas vozes. A voz de Melanie, filha de Peter Gabriel, também entra neste disco.
O novo álbum conta também com Peter Green (dos Fleetwood Mac, na guitarra), David Rhodes (colaborador de longa-data, na guitarra), Tony Levin (outro amigo de longa data, no baixo), Danny Thompson (outro baixista, que já trabalhou com os Talk Talk, David Sylvian, Tim Buckley e Nick Drake, entre outros), e ainda com os bateristas Manu Katche, Ged Lynch, Dominic Greensmith e Will White e, nas percursões, com Ged Lynch, Mahut Dominique e Hossam Ramzy.
"Up" marca também a estreia de Peter Gabriel no comando da produção, e regista uma série de arranjos para cordas compostos pelo próprio músico, que se ouvem, por exemplo, em "Signal To Noise".

O primeiro single extraído de "Up" intitula-se "The Barry Williams Show" e explora os limites dos "reality shows", expondo "o casamento entre comportamentos disfuncionais e a televisão de massas". O vídeoclip deste tema foi realizado por Sean Penn e centra-se num "Barry Williams Show", à imagem de um programa norte-americano bem conhecido.
Trata-se de "um álbum de extremos, que olha mais para o princípio e para o fim da vida do que para o seu meio"... uma definição vaga que deixa as interpretações por conta do ouvinte, seja ele um fã acérrimo ou um curioso de passagem.

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