O corte orçamental de cerca de 200 milhões
de euros no financiamento de Universidades e Politécnicos
é o confirmar das piores expectativas dos jovens
comunistas. Esta medida vem, segundo Pedro Ramos, "colocar
sérios problemas ao normal funcionamento das instituições".
Uma política com consequências na Universidade
da Beira Interior onde os cortes orçamentais rondam
os 650 mil euros. Os comunistas alertam para o facto de
serem os estudantes os principais lesados. Para além
de serem privados de uma educação de qualidade
vão ainda ver aumentadas as taxas, propinas e serviços
de acção social como cantinas, bares e residências.
Outras preocupações referem-se à
incerteza do pagamento ou não da bolsa de Setembro
aos alunos da UBI e à contratação
de docentes em número condicionado.
Na conferência de imprensa realizada na passada
terça feira, 24, a JCP do distrito deixou ainda
o alerta para o aumento de licenciados no desemprego.
Os comunistas defendem um novo sistema de Ensino Superior
Público e consideram que as vagas devem abrir em
função das verdadeiras necessidades do País.
Pedro Ramos criticou o novo Código do Trabalho
proposto pelo governo. Para o dirigente sindical "a
nova lei vem aumentar a precariedade no emprego, não
contribui em nada para a resolução dos problemas
existentes e só vem prejudicar os jovens em início
de carreira".
A JCP também manifestou algumas preocupações
em relação ao Ensino Secundário.
A juventude comunista defende a disciplina de Educação
Sexual nas escolas e está contra a obrigatoriedade
da disciplina de Educação Moral e Religiosa.
O projecto de lei sobre o estatuto do aluno não
superior apresentado pelo Governo também não
agrada aos comunistas.
Estas e outras questões vão ser abordadas
no Congresso Nacional da JCP que se realizará em
Setúbal, nos dias 2 e 3 de Novembro, sob o lema
"Transformar é Possível".
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