Por
Alexandre Silva
Formados em Estocolmo com
o nome de "Underfree", corria o ano
de 1994, os Blindside mudariam para a actual denominação
dois anos depois. A sua música também
sofreu alterações. Depois de um
início virado para o Heavy Metal de inspiração
cristã, género tão popular
como a cerveja nos países nórdicos,
o colectivo virou-se para as novas tendências
da música que misturam o rock, o hip-hop
e o punk. Situação facilmente explicável
pelo facto de os Blindside passarem tanto tempo
nos Estados Unidos como na Europa.
"Silence", o terceiro trabalho do quarteto
composto por Christian Lindskog (voz), Simon Grenehed
(guitarra), Tomas Naslund (baixo) e Marcus Dahlstorm
(bateria), é uma obra prima dentro do género
que ultrapassou mesmo, em qualidade, os seus "padrinhos",
os P.O.D.. "Caught a glimpse", inicia
o álbum a toda a velocidade e abre terreno
para "Pitiful" onde a gitarra de Grenehed
e a voz de Chris se confundem numa espiral de
dor e agonia. Ainda assim, e apesar dos versos
depressivos e fatalistas, cada música é
uma hiostória de esperança que aponta
para uma luz ao fundo do túnel.