Pedro Mariano, responsável pelo Centro Emissor de Castelo Branco, não acredita que o Regiões acabe
Cerca de mil funcionários da televisão do Estado para a rua
Dispensas no Centro de Emissão de Castelo Branco




NC/Urbi et Orbi


A onda de despedimentos na Rádio Televisão Portuguesa (RTP) já chegou ao Centro de Emissão Regional (CER) de Castelo Branco. A 31 de Agosto, um dos repórteres de imagem recebeu uma carta de rescisão de contrato, após três anos ao serviço daquele Centro. Já esta semana, foi a vez de uma administrativa e uma jornalista serem confrontadas com o inevitável. Todavia, espera-se que até Dezembro mais três ou quatro funcionários com contratos a termo possam vir a ser dispensados.
O coordenador do CER albicastrense mostra a sua compreensão perante a decisão dos responsáveis pela RTP. "Não se pode falar em despedimentos. Trata-se antes de uma proposta de aderir a uma rescisão amigável de contratos de mais de 50 por cento dos funcionários da empresa, em que será dada uma compensação de um mês e meio de ordenado por cada ano de trabalho", considera Pedro Mariano que, apesar de classificar a proposta de "generosa", defende que "será difícil que esta administração consiga, em tão curto prazo, até Outubro, reduzir para metade o número de funcionários".
Em relação à continuidade dos centros de emissão regionais, onde, obviamente se inclui o de Castelo Branco, Mariano não acredita que estes estejam em risco, até porque "já foram pensados no limite dos recursos humanos e técnicos". Por isso, aquele responsável crê que o RTP-Regiões não deve terminar.
Esta situação surge no seguimento do plano apresentado, na semana passada, pelo presidente da administração da televisão do Estado, Almerindo Marques, o qual visa reduzir para metade o número de funcionários da estação. Em declarações ao Diário Económico (DE), Almerindo Marques diz que a administração da RTP quer "estabilizar a massa salarial nos 35 milhões de euros", já no próximo ano. Quer isto dizer que os cerca de dois mil funcionários da televisão do Estado serão convidados, até 31 de Outubro, a rescindir os seus contratos.