CP recupera máquinas
dos anos 70 para serviço regional
Amigos da Linha da Beira
Baixa de acordo
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João Alves
NC/Urbi et Orbi
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"Esse é um procedimento que se faz um pouco
por toda a Europa. Não é mal nenhum recuperar
esse material, pois hoje ele é muito bom. São
caixas óptimas". É esta a posição
de Pinto Pires, do "6 de Setembro-Amigos da Linha da
Beira Baixa", sobre a novo projecto que a CP apresentou
na semana passada e que passa por um tipo de comboios renovados
que, a partir do ano que vem começarão a circular
nos serviços regionais suburbanos de Tomar-Lisboa,
Coimbra-Aveiro-Porto, Coimbra-Guarda-Vilar Formoso, Entroncamento-Abrantes,
Castelo Branco e, mais tarde, também entre Setúbal
e o Barreiro. Após uma operação de
modernização, que as tornou mais atraentes,
confortáveis e seguras, as automotoras eléctricas
dos anos 70 irão ficar, segundo a CP, irreconhecíveis.
Para Pinto Pires, esta medida não é totalmente
desagradável, mas é necessário que
sejam "asseguradas aos clientes todas as condições
de conforto na carruagem". Muitas vezes criticos em
relação às obras efectuadas na linha
da Beira Baixa, os Amigos recordam que este serviço,
muito provavelmente, quando a linha estiver toda electrificada,
passará a fazer todo o troço até à
Guarda. Por isso, "espero que as expectativas agora
criadas sejam sempre a pensar no passageiro. Não
se deve pôr aqui material para uma hora e meia de
viagem, já que nesta linha as viagens já são
de longo curso" explica Pinto Pires.
O novo modelo já foi apresentado no Entroncamento
e mostra um design moderno e colorido. Por dentro o espaço
é mais amplo, os assuntos são individuais,
as casas de banho são modernas e os novos comboios
têm ainda ar climatizado e um sistema de vídeo
moderno que permite ao maquinista ver o que se passa na
carruagem. Ao todo são 57 automotoras, cada uma com
um custo de 400 mil contos. A primeira começa a circular
em Dezembro.
Intercidades provoca atrasos
Os Amigos da Linha da Beirea
Baixa, no entanto, durante esta semana voltaram a criticar
a CP pelas condições que oferece aos seus
utentes. É que, dizem, o Intercidades provocou,
por duas vezes, atrasos siginificativos na passada semana.
No primeiro caso, por interrupção da via,
os utentes foram obrigados a fazer transbordo rodoviário
e, no segundo caso, quando na sexta-feira, 13, o Intercidades,
com 400 passageiros, viu a sua locomotiva avariar. O 6
de Setembro diz que o atraso se cifrou em duas horas e
20 minutos. Uma situação que consideram
"inadmissível", que só acontece
porque "a manutenção e revisões
periódicas são coisas que a CP parece desconhecer.
É rara a semana em que não acontecem varias
nas máquinas".
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