Por Ana Maria Fonseca



O secretário de Estado da Habitação acompanhou carlos Pinto na entrega das 64 chaves da Urbanização das Nogueiras

O secretário de Estado da Habitação, Jorge Costa, veio à Covilhã inaugurar 136 fogos de habitação no Teixoso e presenciar a entrega de 64 chaves a famílias desfavorecidas.
A Urbanização das Nogueiras vem, segundo o presidente da Junta de Freguesia do Teixoso, Carlos Mendes, "contribuir para a resolução de um problema que afecta a nossa freguesia que é a habitação degradada". Além disso, acrescenta, "a fixação das pessoas é uma mais valia para o progresso".
Destas 136 habitações, 64 foram entregues no passado sábado a famílias desfavorecidas que pagam uma renda baseada nos seus rendimentos, e as restantes serão vendidos a custos controlados, isto é, a um preço mais baixo do que o normal no mercado imobiliário.
Para o secretário de Estado, esta é uma prova de que o Governo continua a apoiar a construção de habitação, apesar de o programa do Governo em matéria de apoios à habitação passe agora pelo apoio ao arrendamento.
"Mais de cem famílias do concelho da Covilhã são hoje apoiadas com um subsídio ao arrendamento que é promovido pelo Estado", referiu.
"Vamos apoiar fortemente o arrendamento, criar condições para que as pessoas tenham possibilidade, de uma forma mais fácil, arrendar no mercado a sua habitação".
Jorge Costa promete criar condições para que as casas que estão vagas nos centros das cidades sejam colocadas no mercado de arrendamento apoiando os proprietários para que procedam à sua remodelação. "Não podemos assistir de braços cruzados à degradação das habitações nos centros das cidades, ao mesmo tempo que cada vez se constrói mais nas periferias", sublinha.

650 habitações entregues

"As casas que aqui vi são um exemplo que vale a pena mostrar ao País", referiu o secretário de Estado.
Quem não concordou com as palavras de Jorge Costa foi a Juventude Comunista que se deslocou ao local para reivindicar pelo crédito bonificado.
"Os apoios já existentes a nível do arrendamento são extremamente burocráticos, difíceis de atingir, e não representam o universo dos casais jovens. Não estamos contra as medidas de apoio ao aluguer, mas elas ainda não estão apresentadas, nem em prática, nem se prevê quando estarão. Entretanto, quem neste momento queira adquirir casa, e não tenha grandes posses para o fazer, vê-se com a vida extremamente dificultada", aponta Pedro Ramos da JCP da Covilhã.
A Urbanização das Nogueiras integra-se num programa da Câmara Municipal da Covilhã que perfaz já, segundo Carlos Pinto, presidente da autarquia, cerca de 650 habitações entre já entregues, em construção e em lançamento.
Esta Urbanização representa um investimento que ultrapassa os cinco milhões e 250 mil euros, e que o autarca afirma ser "em qualidade e em quantidade para o gravíssimo problema que tínhamos há cerca de 12 anos que eram cerca de mil famílias sem condições".
A autarquia conta também com cerca de 400 casas degradadas recuperadas através do programa PERID.
No tortosendo foram visitadas as obras de outro empreendimento de habitação social constituído por 148 fogos. Uma urbanização "diferente do que tem sido feito. Vai ter uma exposição óptima, está numa zona de grande tranquilidade. Tenho procurado que este tipo de habitação seja de qualidade, com equipamentos de lazer e desporto. A urbanização em construção no Tortosendo deverá atingir valores que rondam os cinco milhões de euros.
As casas deverão estar prontas em Março de 2003.

 



Igreja do século XVI restaurada



A Igreja Matriz do Teixoso vai sofrer obras de restauro, depois de cerca de três meses fechada ao público e à eucaristia. "Temos de devolver o espaço litúrgico onde possa ser efectuado com segurança o culto dos fiéis", refere Carlos Mendes, presidente da Junta de Freguesia do Teixoso, acrescentando que "a comunidade religiosa há muito que ansiava por este protocolo", celebrado entre a Câmara da Covilhã, a Igreja Paroquial e a Junta de Freguesia.
A Igreja, que data de 1590, sofreu obras de remodelação em 1904. agora, depois do perigo eminente de ruína, colocando em perigo a segurança de quem frequentava aquele espaço litúrgico, a missa começou a ser realizada na casa paroquial.
Depois de três meses fechada, espera-se que as obras que tenham início ainda durante este ano. As obras deverão ascender aos 750 mil euros.