Em causa os Hospitais Amato Lusitano e Cova da Beira
Enfermeiros contra "saúde privada"


O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses é contra qualquer intenção do Governo em privatizar unidades de saúde como os hospitais Amato Lusitano (Castelo Branco) e o Cova da Beira (Covilhã). Para além dos doentes, defendem, também os profissionais de saúde vão sofrer com a medida.

Céu Lourenço
NC/Urbi et Orbi



A delegação de Castelo Branco do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) é contra qualquer intenção do Governo em privatizar unidades hospitalares do distrito, como os hospitais Amato Lusitano, em Castelo Branco, ou o da Cova da Beira, na Covilhã. Conceição Rodrigues, coordenadora da delegação do SEP, diz que o sindicato "está interessado em que haja uma mudança para melhorar o sector da saúde nos serviços públicos", mas rejeita que o caminho a seguir seja a "privatização". Esta responsável questiona mesmo: "Será que os cidadãos do distrito não vão ser auscultados?Não vai haver discussão pública nesta matéria? A população concorda em ficar sem hospitais públicos? Será que concorda em que a sua saúde fique na mão dos interesses das empresas privadas?"
Para o SEP, com esta situação não irão sofrer só os doentes, mas também os profissionais de saúde. "Estão duplamente visados. Primeiro, porque são utentes e em segundo porque as regras passam a ser as do regime privado" explica Conceição Rodrigues. Esta responsável, no entanto, reconhece que no distrito, os serviços públicos de saúde apresentam dificuldades de resposta aos cidadaõs, devido às listas de espera para operações ou para consultas, e que faltam também enfermeiros. Para além disso, alguns equipamentos não estarão a ser bem rentabilizados.