O Centro de Emprego da Covilhã registou, no quarto
trimestre de 2001, uma redução de 1,7 por
cento no número de desempregados. É isto
que diz o relatório trimestral do Instituto de
Emprego e Formação Profissional, que aponta
ainda para um ligeiro decréscimo no volume de pedidos
de emprego registados no quarto trimestre de 2001 (menos1,5
por cento), o que acabou por reflectir-se no desemprego
registado na Região Centro (menos1,9 por cento).
Foram 12 os Centros que registaram redução
de desemprego, com especial incidência para a Sertã
(menos18,9 por cento) e Castelo Branco ( menos 12 por
cento). Também na Guarda a redução
foi significativa, com menos 8,1 por cento, bem como em
Seia (menos 6,3 por cento). Já em Pinhel, houve
um aumento de 2,3 por cento.
Segundo o Instituto de Emprego, na Região Centro,
o desemprego atinge preferencialmente as mulheres (63,2
por cento), os adultos com idades entre 25 e 49 anos,
os desempregados com um tempo de inscrição
de um ano ou menos (67 por cento), os que procuram novo
emprego (88,4 por cento) e as pessoas que possuem habilitações
até ao 1º ciclo do ensino básico (42,8
por cento). O desemprego cresceu nos adultos com 50 e
mais anos (mais 0,9 por cento) e nas pessoas com o 3º
ciclo do ensino básico (mais 6,6 por cento). Em
contrapartida, decresceu nas mulheres (menos 2,4 por cento),
nos jovens (menos 4,5 por cento), desempregados de loga
duração (menos 10,5 por cento), nas pessoas
que procuram primeiro emprego (menos 20,7 por cento) e
nas pessoas com habilitações até
ao 1º ciclo do ensino básico.
Inscrições aumentam
No último trimestre do ano passado, no entanto,
inscreveram-se na Região Centro 21156 pessoas,
de entre as quais 19875 eram desempregadas, uma variação
de mais 6,6 por cento. Mais de metade dos Centros de Emprego
viram o número de desempregados que se lhe dirigiram
aumentar, entre os quais estão a Guarda (mais 1,2
por cento), Castelo Branco (mais 4,1 por cento) e a Covilhã
(mais, 0,2 por cento). A Sertã e Pinhel tiveram
mais 13,2 e 13,1 por cento de desempregados a inscreverem-se
nos respectivos Centros de Emprego. Entre os principais
motivos para este acréscimo de inscrições
estão os contratos de trabalho a termo certo e
estudantes que terminaram agora os seus cursos.
Quanto a ofertas de emprego recebidas totalizam 5809 postos
de trabalho, o que corresponde a um aumento de 1,5 por
cento em relação ao período homólogo
no ano anterior. Porém, houve Centros que diminuiram
o seu volume de ofertas, como o da Guarda (menos 32 por
cento), Pinhel (menos 23,6 por cento) e Seia (18 por cento).
Segundo o Instituto de Emprego, os motivos de maior dificuldade
de satisfação das ofertas de emprego prendem-se
com a inexistência de candidatos disponíveis
nas profissões pretendidas, bem como horários
de trabalho considerados insatisfatórios pelos
candidatos a emprego. No primeiro caso, os postos de trabalho
susceptíveis de serem preenchidos situavam-se nas
áreas da construção civil e obras
públicas (Sertã e Castelo Branco), metalurgia
e metalomecânica (Seia e Guarda). Para além
disso, outras das causas apontadas para a dificulade em
satisfazer as ofertas prende-se com a falta de qualificação,
ordenados instisfatórios e dificuldades de deslocação
para os locais de trabalho.
No que diz respeito às colocações
de desempregados houve um aumento de dois por cento. Mas
alguns centros ainda apresentam desajustamentos entre
a oferta e procura, como na Guarda, Pinhel e Sertã.
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