Por Ana Maria Fonseca


Se a chuva não vier, pode faltar água para abastecer a Covilhã

Se não chover durante o próximo mês de Outubro, o abastecimento de água na Covilhã pode vir a ser complicado.
A questão foi levantada na sessão de Câmara da passada sexta feira, 6.
O problema acontece todos os anos, garante o vice-presidente da autarquia covilhanense, Alçada Rosa. "Estamos este ano exactamente na mesma situação que estávamos o ano passado em termos de nível da Barragem do Viriato".
O vice presidente refere que o consumo de água aumentou no concelho e assegura que a Câmara tem aproveitado todos os recursos possíveis. "Cerca de 90 por cento dos nossos jardins são regados com águas não tratadas, águas que recuperámos em dois anos, com custos extremamente elevados mas que representam, uma boa gestão dos recursos naturais", refere, acrescentando que "continuámos com a nossa política de aproveitamento de nascentes ao longo da encosta da serra, temos estado a explorá-las".
Miguel Nascimento, vereador da oposição, relembra que no anterior governo, José Sócrates celebrou um protocolo com a Câmara da Covilhã que prevê a construção da segunda barragem das Penhas da Saúde. Esta "seria a solução para todos os males que afectam a Covilhã a nível do abastecimento de água" e acrescenta, "espero que este Governo não coloque o projecto numa gaveta e lhe dê andamento político".
Quanto a este protocolo, Alçada Rosa considera que ainda continua em vigor, "ninguém nos disse o contrário", comenta.
"Qualquer mês que se perca na deliberação da construção da barragem que é indispensável, é extremamente grave, embora nós continuemos com a nossa política de aproveitamento de todas as águas que haja nesta encosta da serra", refere, garantindo que actualmente só 60 por cento da água que abastece a cidade vem da Barragem do Viriato.