O Orfeão da Covilhã não tem corpos
dirigentes, funciona com uma comissão administrativa
que gere os destinos da escola de música. "Não
é fácil encontrar-se alguém que esteja
disponível para gerir as actividades do Orfeão,
o que faz desse um dos principais problemas da instituição",
refere Barata Gomes, membro da comissão administrativa.
Outro dos grandes problemas da escola é a parte
financeira. Barata Gomes lembra que "a instituição
vive das mensalidades dos alunos e tem havido nos últimos
cinco anos uma diminuição do número
de alunos, o que traz alguns problemas financeiros".
Com estes problemas, o membro da comissão administrativa
refere que "as coisas só continuam a viver
se tiverem como trabalhar". Os apoios concedidos
ao Orfeão vêm da parte da Câmara Municipal
da Covilhã, "mas nem sempre são suficientes",
salienta Barata Gomes. O Estado contribuía com
o destacamento de professores, o que não tem vindo
a acontecer nos últimos dois anos, "resultando
daí um custo significativo para a instituição
que se irá avaliar em cerca de dois milhões
e euros", recorda Barata Gomes.
As principais necessidades do Orfeão prendem-se
com o facto de ser difícil o recrutamento de professores
para o ensino da música. As instalações
da escola de música são um dos projectos
que a comissão administrativa quer resolver. Barata
Gomes diz que "as soluções passam pela
reestruturação do espaço existente
ou pela construção de uma nova escola noutro
lugar".
Apesar de todas as dificuldades, o Orfeão desenvolve
ainda um projecto cuja ideia "é levar os conhecimentos
relacionados com a música e ensiná-los às
crianças", explica um dos gestores dos destinos
da escola. "A criança e a música"
envolve cerca de 700 crianças de escolas do Tortosendo
e dos Penedos Altos.
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