Por Laura Sequeira
NC/ Urbi et Orbi


Para Barata Gomes, a solução para os problemas do Orfeão passa pela estruturação das instalações ou pela construção de um novo edifício

O Orfeão da Covilhã não tem corpos dirigentes, funciona com uma comissão administrativa que gere os destinos da escola de música. "Não é fácil encontrar-se alguém que esteja disponível para gerir as actividades do Orfeão, o que faz desse um dos principais problemas da instituição", refere Barata Gomes, membro da comissão administrativa.
Outro dos grandes problemas da escola é a parte financeira. Barata Gomes lembra que "a instituição vive das mensalidades dos alunos e tem havido nos últimos cinco anos uma diminuição do número de alunos, o que traz alguns problemas financeiros".
Com estes problemas, o membro da comissão administrativa refere que "as coisas só continuam a viver se tiverem como trabalhar". Os apoios concedidos ao Orfeão vêm da parte da Câmara Municipal da Covilhã, "mas nem sempre são suficientes", salienta Barata Gomes. O Estado contribuía com o destacamento de professores, o que não tem vindo a acontecer nos últimos dois anos, "resultando daí um custo significativo para a instituição que se irá avaliar em cerca de dois milhões e euros", recorda Barata Gomes.
As principais necessidades do Orfeão prendem-se com o facto de ser difícil o recrutamento de professores para o ensino da música. As instalações da escola de música são um dos projectos que a comissão administrativa quer resolver. Barata Gomes diz que "as soluções passam pela reestruturação do espaço existente ou pela construção de uma nova escola noutro lugar".
Apesar de todas as dificuldades, o Orfeão desenvolve ainda um projecto cuja ideia "é levar os conhecimentos relacionados com a música e ensiná-los às crianças", explica um dos gestores dos destinos da escola. "A criança e a música" envolve cerca de 700 crianças de escolas do Tortosendo e dos Penedos Altos.