Da Lituânia até Portugal, Ugne percorreu
um longo caminho. Agora na Covilhã, durante quatro
semanas e em conjunto com mais 19 jovens universitários
vai aprender português.
A escolha recaiu pela UBI "por ficar num local muito
bonito. Já tinha visto postais e brochuras sobre
a Covilhã e por isso decidi vir para aqui. Quando
cheguei, vi as montanhas e a cidade e gostei logo",
conta. Uma cultura e, sobretudo, um clima diferente atraíram
Ugne que está a "adorar a experiência".
O mesmo motivou Marianne e Inger, duas amigas que vieram
da Noruega. Escolheram Portugal porque queriam fazer "algo
novo e diferente" antes de finalizarem o curso de
instrução primária. Pela primeira
vez em terras lusas, as duas norueguesas encontram muitas
diferenças entre os dois países. A "gentileza
das pessoas", que logo as impressionou "é
uma coisa maravilhosa", comentam.
Marianne e Inger vieram da
Noruega
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Não tão agradável
parece ser a gastronomia. Inger aprecia os pratos
lusos, mas Marianne torce o nariz. O mesmo acontece
com a língua portuguesa "muito difícil
de aprender por ser tão diferente do norueguês.
No primeiro dia foi mais assustador, mas agora está
a melhorar aos poucos", garantem.
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Da cidade serrana, as duas amigas partem para Faro, onde
ficarão um ano ao abrigo do programa Erasmus.
Dos vinte alunos que frequentam estas aulas de português,
leccionadas por dois docentes do Departamento de Letras
da UBI, Graça Sardinha e Paulo Osório, quatro
ficam na UBI durante pelo menos um semestre.
É o caso de Marck e Mariusz, dois amigos que vieram
da Polónia e, se tudo correr como esperam, terminam
as suas licenciaturas no Departamento de Ciências
Aeroespaciais da UBI.
Para estes estudantes, o português não é
uma dificuldade. "O polaco é muito mais complicado",
garantem, acrescentando que até no supermercado
já conseguem entender e fazer-se entender.
Quatro semanas para aprender
a língua de Camões
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Marck e Mariusz, polacos, pretendem concluir a licenciatura
na UBI, onde ficam durante pelo menos um semestre
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Pela primeira vez, a candidatura da UBI a esta iniciativa
e foi aprovada. Os vinte alunos estão alojados
nas residências universitárias e servem-se
das cantinas, embora paguem estes serviços.
No curso de português, que é grátis,
as turmas estão divididas em dois níveis
de aprendizagem, um de iniciação e outro
um pouco mais avançado.
Como só têm aulas durante uma parte do dia,
aproveitam as horas de lazer para passear, conhecer a
cidade, a Serra da Estrela e também ir até
à piscina.
O curso teve início na última semana de
Agosto e prolonga-se até à terceira semana
de Setembro. Cerca de um mês em que alunos de vários
países da Europa aprendem a ler, escrever e falar
português, conhecimentos que aplicarão durante
os semestres em que participam no programa Erasmus em
várias universidades portuguesas.16 dos 20 alunos
que frequentam este "Intensive Language Preparation
Course", uma iniciativa integrada no programa Sócrates/Erasmus,
partem, a 21 de Setembro, altura em que acabam as aulas,
para diversas universidades de norte a sul de Portugal.
Christiane, Jane, Luisa e
Ugne fizeram uma longa viagem desde a Alemanha,
Estónia, Itália e Lituânia,
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De Braga a Faro, são
muitas as opções, e dependem do gosto
de cada um relativamente ao tamanho das cidades
e à paisagem de que se querem rodear, bem
como das diferentes áreas em que cada um
se especializa.Emiliano é italiano e estuda
literatura e musicologia. Escolheu Lisboa como local
para frequentar a Universidade ao abrigo do programa
Erasmus porque não gosta de cidades pequenas,
apesar de abrir uma excepção para
a Covilhã pois tem "uma bonita paisagem".
Quanto a esta aventura, "É uma boa experiência,
há pessoas de muitas nacionalidades e é
muito bom, conhecer pessoas diferentes", conclui.
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Alemanha, Bélgica, Espanha, Polónia, Estónia,
Lituânia, Itália e Noruega são os
países de origem destes 20 jovens universitários.
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