Novo calendário do pré-escolar
gera discórdia
Sindicato dos Professores
da Região Centro contesta medidas propostas pelo
Governo
O Sindicato dos Professores da Região
Centro (SPRC) contestou o alargamento do calendário
pré-escolar pretendido pelo Governo. O Ministério
da Educação quer antecipar em cinco dias
o início do pré-escolar e prolongar a sua
duração por mais duas semanas. O ano lectivo
deve assim começar entre os dias 11 e 16 de Setembro
e deve terminar entre os dias 11 e 16 de Julho. Anular
a pausa do Carnaval e reduzir as interrupções
lectivas do Natal e da Páscoa são também
objectivos da tutela. A finalidade destas alterações
é melhorar o apoio social prestado às famílias
que reclamam há muito pelo alargamento do horário
dos estabelecimentos de ensino pré-escolar, creches
e jardins de infância. Esse alargamento facilita
a ocupação dos tempos livres das crianças
que não têm onde ficar enquanto os pais trabalham.
David Justino, ministro da Educação pretende
que as medidas sejam aprovadas ainda este mês para
que entrem em funcionamento já em Setembro.
A posição do Governo nesta matéria
é contestada pelo SPRC que não concorda
que o problema, com o qual as famílias se deparam,
seja resolvido à custa do trabalho dos educadores
de infância.
O sindicato alerta para a ilegalidade destas medidas à
luz do Estatuto da Carreira Docente e dos Direitos dos
Educadores de Infância. Com as alterações
propostas pelo Governo, o calendário para a educação
pré-escolar será distinto do ensino básico
e secundário. Os educadores terão mais um
mês de actividade lectiva que os outros docentes.
Esta situação leva o SPRC a considerar que
está a existir um tratamento diferenciado entre
profissionais que estão sujeitos ao mesmo estatuto.
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