Cousteau
regressam com uma ostra cheia de pérolas
Sirena
Cousteau
Palm
| 2002
Por
Alexandre Silva
Dois
anos depois, o quinteto londrino Cousteau está
de regresso com uma
"mala" cheia de canções
que nada ficam a dever ao seu trabalho de estreia.
A
espera até nem foi grande, mas a verdade
é que o primeiro registo da banda
deixou, quem o ouviu e gostou, ansiosamente à
espera da próxima dose.
Mais arejado que o anterior registo homónimo
do colectivo britânico, Sirena
mantém, ainda que pareça contraditório,
aquela neblina soturna que
caracterizou Cousteau (2000). Um estilo Brit-pop
muito peculiar que resulta
da criação de atmosferas profundas
ao ritmo do Jazz e do Blues.
"Nothing so bad", "Heavy Weather",
"No medication" ou "Have you seen
her"
são as pérolas mais brilhantes de
um lote de 12 que enriquecem este Sirena.
Um trabalho que não esconde influências
incontornáveis como Elvis Costello
ou Burt Bacharach. Um álbum excelente e
sem prazo de validade que
promete adquirir um estatuto de referência,
não só na vida do grupo, mas de
toda a Pop britânica.