Num rol
de 12 piscinas do distrito, só quatro têm
nadador salvador
Banhos mal vigiados
O sol convida a
banhos, e na região as piscinas são o
local escolhido pela maioria para fugir ao calor. No
entanto, estes locais escondem perigos que passam despercebidos
à maioria. É que, a segurança nem
sempre é máxima. Escasseiam os nadadores
salvadores.
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Rui Pires
NC/Urbi et Orbi
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Em Belmonte, são três os nadadores salvadores
que exercem ali funções
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O Verão chegou,
e com ele o calor. A procura de locais para banhos aumenta
e na nossa região, as piscinas e algumas praias fluviais
são locais apetecidos. Porém, nem sempre são
lugares totalmente seguros para quem as frequenta. O NC
contactou algumas piscinas da região para saber que
medidas são feitas para segurança dos seus
utilizadores. E constata que o quadro é negro. Das
12 piscinas contactadas, apenas quatro (Guarda, Belmonte,
Parque de campismo de Idanha-a-Nova e Caria) dispõem
de nadadores salvadores credenciados. E no último
caso, em Caria, até se dá o caso caricato
de ter tirado férias, regressando esta semana ao
activo.
Já Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Termas de Monfortinho,
Zebreira, Penamacor e Fundão, não dispõem
do serviço de nadadores salvadores. Como medida de
segurança têm pessoal vigilante "que sabe
nadar bem", explicam alguns dos responsáveis
por estas infra-estruturas. Quanto às piscinas da
Covilhã e Alcains nada se sabe. O NC tentou o contacto
com as mesmas, mas ninguém se mostrou habilitado
para responder à questão ou, pura e simplesmente,
ninguém respondeu aos telefonemas. Porém,
neste caso a Lei é clara: exige-se a presença
de nadadores salvadores em quantidade suficiente para exercer
uma vigilância adequada.
Os casos de acidentes em piscinas, em termos nacionais,
acaba sempre por marcar o Verão. Na região,
até ao momento, entre as piscinas contactadas, só
foi necessária intervenção do nadador
salvador na piscina de Caria, onde se salvou uma criança
de quatro anos. Porém, como se vê, nem todos
os banhos são seguros neste Verão e grande
parte das infra-estruturas regionais acaba por não
cumprir a legislação.
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Idanha-a-Nova
aposta na segurança
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O Parque
de campismo de Idanha-a-Nova é um dos poucos
casos em que é dada prioridade à segurança
dos seus utilizadores. Na passada sexta-feira, 9,
o presidente daquela autarquia, Álvaro Rocha,
inaugurou nas instalações do referido
Parque uma unidade de primeiros socorros que funciona
em parceria com os Bombeiros Voluntários de
Idanha-a-Nova. Desta unidade fazem parte um enfermeiro,
um nadador salvador, e alguns bombeiros sempre apostos
para intervir. No parque de campismo existe um espaço
destinado a prestar os primeiros cuidados de enfermagem,
em caso de necessidade.
E a pensar na segurança e bem estar dos utilizadores
do Parque de campismo, o presidente da Câmara
de Idanha-a-Nova, anunciou que o mesmo irá
entrar em obras no final do ano, pois referiu que
"encontramos o Parque muito degradado".
Assim pretende-se que após o final da época
balnear a estrutura entre em obras, durante dois meses,
para que no próximo ano o Parque de campismo
possa oferecer todas as condições de
segurança aos seus utilizadores.
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