Hard Candy
Counting Crows
Geffen / 2002
Uma caixinha de músicas
doces
Quando,
em 1994, "Mr. Jones" ocupava um considerável
tempo de antena das emissões de rádio
em todo o mundo, poucos acreditavam que os Counting
Crows iriam durar muito para além de "August
and Everything After", o seu álbum
de estreia. Os críticos musicais, anteviam
uma "one hit band" e apressaram-se,
com algum cabimento, a colocá-los no mesmo
vagão que Gin Blossoms e Hootie and the
Blowfish (ainda alguém se recorda deles?).
O que não se lembraram foi que, ao contrário
dos dois últimos exemplos, os Crows não
nasceram já apadrinhados por um mecenas
da indústria musical para preencher uma
cota do mercado. Transportavam consigo uma bagagem
de quatro anos que tinha passado por várias
experiências, desde o reggae ao rock, e
actuações contínuas por tudo
o que era bar nos Estados Unidos.
A banda liderada por Adam Duritz resistiu ao tempo
e ganhou consistência três anos depois
com a edição de "Recovering
the Satelites". Desde então, e apesar
de continuarem activos, apagaram-se um pouco para
ressurgir em força em Julho último
com "Hard Candy". Um registo ao nível
do álbum de estreia, mas que tem a vantagem
de mostrar um colectivo mais maduro e objectivo,
como se pode ver na música que dá
nome ao álbum e no primeiro single "American
girls", que conta com a voz de Sheryl Crow.
Mas o melhor dos Counting Crows continuam a ser
as odes dramáticas com letras tortuosas
como "Goodnight L.A.", "Butterfly
in reverse" e "Up all night" que
"embrulham" a angustiante voz de Duritz
em arranjos doces e cuidadosamente confeccionados.
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