"Tenho grandes novidades para as vias de comunicação,
a anunciar em Setembro. Sobre a questão do nó
de acesso à Auto-Estrada da Beira Interior, ainda
há negociações para que se concretize
o que a Câmara quer". Foi esta a única
declaração do presidente da Câmara
da Covilhã, Carlos Pinto, em relação
à reunião que teve na semana passada, em
Lisboa, com o secretário de Estado das Obras Públicas,
Vieira de Castro, para analisar o processo que envolve
a construção do segundo nó de acesso
à Covilhã a partir da Auto-Estra da Beira
Interior.
No encontro participaram também responsáveis
da SCUTVIAS, a concessionária da estrada, o Instituto
de Estradas de Portugal e a secretaria de Estado do Ambiente.
Neste encontro, Pinto terá reafirmado o seu descontentamento
pela solução encontrada pelo Governo para
o segundo nó de ligação à
cidade. Recorde-se que no mês passado, num encontro
realizado na Ponte Pedrinha, a Câmara da Covilhã
exigiu um nó de acesso junto ao Centro Hospitalar
e um outro na zona do Canhoso. Pinto considerava estes
pontos essenciais porque "queremos que eles entronquem
na variante à Covilhã. Nós não
aceitamos a inflexibilidade dos outros e este problema
vai ter que ser resolvido, custe o que custar". O
autarca ameaçava mesmo com a obstrução
da continuação dos trabalhos e avisa mesmo
que, "ou constroem o que temos ou temos o caldo entornado".
Mas a SCUTVIAS, através de Matos Viegas, dizia
que a empresa "não pode contrariar projectos
já aprovados. Carlos Pinto acusava a SCUTVIAS de
"falta de boa vontade".
O NC tentou, junto dos vários organismos, saber
o que ficou decidido na reunião. Só que,
tanto a SCUTVIAS, como o Instituto de Estradas ou o próprio
Gabinete do Secretário de Estado das Obras Públicas,
não prestam declarações sobre a reunião.
Ao que parece, o problema do nó de acesso ainda
vai dar muito que falar e, por enquanto, permanece nos
"Segredos dos Deuses".
Quanto ao facto do ministro das Obras Públicas,
Valente de Oliveira, ter reafirmado que as SCUTS vão
ter portagens, Pinto é contundente: "Sou contra
as portagens para aqueles que aqui residem. E se possível,
para todos".
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