A situação económica e social que
se vive na região levou a que representantes autárquicos
e sindicais dos concelhos de Belmonte, Covilhã,
Fundão, Penamacor e Sabugal escrevessem uma carta
ao primeiro ministro. O documento foi subscrito por 20
entidades que juntamente com o STBB elaboraram dez medidas
a implementar em empresas da região.
O caso das confecções Carveste é
o que mais preocupa os subscritores da carta endereçada
a Durão Barroso. A empresa envolve cerca de mil
postos e trabalho e o seu encerramento pode, segundo Luís
Garra, presidente do STBB, "atingir gravemente o
tecido económico e social da região".
A criação de uma linha de crédito
controlada e bonificada à taxa de 0% destinada
a fundo de maneio de empresas que o justifiquem, a intervenção
do Governo junto das sociedades de capital de risco e
a aplicação de políticas que promovam
a diversificação das actividades económicas
são algumas das medidas que constam no documento.
Alguma delas são pedidas para uma aplicação
de imediato à Carveste.
Luís Garra afirma não ser defensor de "um
apoio às empresas de forma cega e sem controle".
Por isso o sindicalista aponta para a necessidade de auditorias
regulares.
Aprovado a 29 de Julho o documento foi subscrito pelos
presidentes das Câmaras Municipais de Belmonte e
Fundão e por 18 juntas de freguesia. Questionado
pela ausência da assinatura de Carlos Pinto, presidente
da Câmara Municipal da Covilhã, Luís
Garra respondeu que "o autarca foi informado sobre
o documento e entendeu que não o devia subscrever,
apesar de concordar com a sua existência".
As medidas pedidas ao Governo visam evitar o agravamento
da situação vivida no distrito. A Beira
Interior tem assistido ao encerramento de várias
empresas. O caso mais recente da Eres no Fundão
é um exemplo que os remetentes da carta a Durão
Barroso não querem ver repetido nas confecções
Carveste em Caria.
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