Por Catarina Rodrigues


Luís Garra apelou ao Governo para a implementação de algumas medidas excepcionais em empresa da região

A situação económica e social que se vive na região levou a que representantes autárquicos e sindicais dos concelhos de Belmonte, Covilhã, Fundão, Penamacor e Sabugal escrevessem uma carta ao primeiro ministro. O documento foi subscrito por 20 entidades que juntamente com o STBB elaboraram dez medidas a implementar em empresas da região.
O caso das confecções Carveste é o que mais preocupa os subscritores da carta endereçada a Durão Barroso. A empresa envolve cerca de mil postos e trabalho e o seu encerramento pode, segundo Luís Garra, presidente do STBB, "atingir gravemente o tecido económico e social da região".
A criação de uma linha de crédito controlada e bonificada à taxa de 0% destinada a fundo de maneio de empresas que o justifiquem, a intervenção do Governo junto das sociedades de capital de risco e a aplicação de políticas que promovam a diversificação das actividades económicas são algumas das medidas que constam no documento. Alguma delas são pedidas para uma aplicação de imediato à Carveste.
Luís Garra afirma não ser defensor de "um apoio às empresas de forma cega e sem controle". Por isso o sindicalista aponta para a necessidade de auditorias regulares.
Aprovado a 29 de Julho o documento foi subscrito pelos presidentes das Câmaras Municipais de Belmonte e Fundão e por 18 juntas de freguesia. Questionado pela ausência da assinatura de Carlos Pinto, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Luís Garra respondeu que "o autarca foi informado sobre o documento e entendeu que não o devia subscrever, apesar de concordar com a sua existência".
As medidas pedidas ao Governo visam evitar o agravamento da situação vivida no distrito. A Beira Interior tem assistido ao encerramento de várias empresas. O caso mais recente da Eres no Fundão é um exemplo que os remetentes da carta a Durão Barroso não querem ver repetido nas confecções Carveste em Caria.