António Fidalgo
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Pontos fortes e protesto
Sucede em todo o mundo e está
também a suceder em Portugal. As universidades
vão começar a distinguir-se pelos seus pontos
fortes. A Universidade de Yale nos Estados Unidos tem
na sua Faculdade de Direito (Law School) um dos seus pontos
fortes, Princeton pontifica na Física, o MIT nas
engenharias, e em Portugal temos a Universidade Nova de
Lisboa com uma reconhecida Faculdade de Economia, a de
Coimbra com a conceituada Faculdade de Direito, Aveiro
com um bom grupo de telecomunicações e o
Minho destaca-se com uma informática forte.
E a UBI? Qual o seu ponto forte? Poderia ser o têxtil,
mas infelizmente não é uma área em
que possa haver uma grande afirmação científica
e académica. Provavelmente a área da imagem,
audiovisual e cinema, é aquela em que a UBI goza
já de algum avanço em relação
às outras universidades portuguesas: existem pessoas
dedicadas a esta área de estudo, há técnicos
competentes e empenhados, há equipamentos e, o
mais importante, a serem utilizados intensivamente.
O protesto do Senado da UBI contra a não abertura
de vagas na nova Licenciatura em Cinema justifica-se na
exacta medida em que a decisão do Sr. Ministro
do Ensino Superior e da Ciência é um sério
revés na construção de um ponto forte
na UBI e pelo qual a UBI se pode distinguir no ensino
universitário em Portugal.
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