A Feira de actividades económicas da Covilhã
recebeu este ano 32 mil visitantes. Os números
revelam uma adesão moderada ao certame que, este
ano, se realizou em simultâneo com a Feira de São
Tiago.
José Manuel Brito, funcionário da Casa Dinis,
está presente na Covifeira, a acompanhar o stand
deste estabelecimento comercial, desde a primeira edição.
Apesar de considerar que este ano a feira foi "sensivelmente
igual às outras", José Brito não
deixa de referir que "a própria organização
está um pouco abaixo do nível que normalmente
tem". E dá exemplos. "No domingo a feira
estava completamente cheia e, às 11 horas, mandaram
as pessoas sair e apagaram as luzes. Não compreendo
esta situação", salienta.
As entradas, sempre a pagar para visitar o certame e a
realização das duas feiras em simultâneo
também não são do seu agrado. "Nos
primeiros dias, 2 euros de entrada é um preço
exorbitante. As duas feiras deviam ser em separado, porque
houve dias em que reparei que a feira de São Tiago
estava inundada de gente e aqui estava muito morto. Não
vejo vantagem em as duas feiras se realizarem em simultâneo",
conclui.
Mónica Gabriel, funcionária do Gabinete
de Relações Públicas da UBI, é
da mesma opinião. A feira correu bem para o stand
da UBI, procurado por muitas pessoas, mas
"comparativamente a outros anos, acho que o fluxo
de visitantes tem sido menor", refere. O preço
da entrada e a extensão da feira para uma semana
são apontados por Mónica Gabriel como razões
possíveis para esse menor número de visitantes.
Apostar nos produtos regionais
Para Carlos Andrade, da Quinta das tílias, presente
pela primeira vez no certame, o balanço foi muito
positivo.
Um conjunto de novos produtos ligados às abelhas
e ao mel fizeram sucesso na Covilhã. "A adesão
foi muito boa porque as pessoas gostaram do conceito e
dos produtos. Consequentemente, ou vieram buscar mais,
ou experimentar outras alternativas. Esteve sempre presente
uma preocupação sobre o local onde poderiam
futuramente comprar os produtos". Neste sentido Carlos
Andrade contactou com vários comerciantes interessados
em comercializar os produtos na região.
Para este produtor e comerciante ribatejano, a Covifeira
só teria "vantagens em
especial e um grande trunfo em potencializar produtos
locais e regionais. A feira tem sempre vantagem em ter
uma temática e desenvolver o potencial da região,
uma vez que é uma feira de actividades económicas",
refere.
Para António Rodrigues, este ano o balanço
da feira foi "muito positivo. Talvez não na
quantidade de pessoas que nos visitaram mas mais na qualidade
dessas pessoas. O público que nos visitou foi um
público que sabia o que queria. Este ano fizemos
mais negócio", refere o comerciante de material
informático, pela terceira vez presente na feira.
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