"Não tenho conhecimento de nada e não
tenho comentários a fazer. O que sei é que
tenho um contrato de trabalho com a Águas de Portugal
e uma comissão de serviço, enquanto gestor
da Águas de Portugal, para estar como presidente
do conselho de Administração da Águas
do Zêzere e Côa, o que tenho feito nestes
dois anos com muito prazer e dedicação".
É assim que o presidente da empresa Águas
do Zêzere e Côa (AZC), António Dias
Rocha, comenta as notícias veículadas em
alguns órgãos de informação
de que o autarca covilhanense, Carlos Pinto, estaria a
caminho daquele cargo. Dias Rocha diz que, enquanto tiver
a confiança dos accionistas, "aqui estarei
empenhado em criar e implementar o Sistema Multimunicipal
de abastecimento de água e saneamento".
O ex-autarca de Belmonte diz ter "um mandato que
termina em Março de 2003" e diz querer continuar
a trabalhar de modo a que, no final do ano, sejam lançadas
"as grandes obras para 2003 e 2004, para o desenvolvimento
do Sistema". Dias Rocha diz que o objectivo é
que, no final de 2005, 95 por cento da população
dos 10 municípios que integram a empresa tenha
abastecimento de água em quantidade e qualidade,
e que 90 por cento das pessoas tenha esgotos tratados.
Protocolo para barragem aguarda pelos accionistas
Sobre a possível integração da Covilhã
na AZC, Dias Rocha diz ver essa hipótese com muito
gosto já que "era uma entrada muito importante
para nós, mas também uma opção
muito interessante para aquele município, pois
haveria uma maior rentabilização do Sistema.
Sempre dissemos estar abertos ao diálogo e sempre
vimos isso com bons olhos, quer como accionista, quer
como cliente. Se a posição da Câmara
foi alterada, fico contente".
Quanto ao protocolo para a constituição
de uma empresa, na Covilhã, que seria responsável
pela construção da nova barragem das Penhas,
Dias Rocha diz ser um processo no qual "a Águas
do Zêzere e Côa não teve intervenção".
No entanto, diz estar à espera de directrizes do
Ministério do Ambiente e aguarda ainda pela posição
da Associação de Municípios da Cova
da Beira, uma das accionistas na futura empresa, com quatro
poor cento do capital. Para além disso, também
os accionistas da AZC ainda não se pronunciaram,
pelo que "aguardamos uma série de encontros
para tomar uma posição". Recorde-se
que o protocolo assinado em Janeiro dependia ainda da
anuência da empresa, algo que ainda não está
concretizado. Todavia, Dias Rocha foca a importância
da construção da barragem, "não
só para a Covilhã, mas também para
a região".
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