Apocalipse Now Redux



Francis Ford Coppola




"O meu filme não é sobre o Vietname... o meu filme é o Vietname", disse Francis Ford Coppola no Festival de Cannes em 1979
Vencedora nesse ano da Palma de Ouro do Festival de Cannes, esta é a obra em que Francis Ford Coppola apresenta a sua visão daquilo que foi a guerra do Vietname para os EUA, um dos seus maiores traumas políticos, psicológicos e históricos. A película regressa às salas de cinema acrescida de cerca de 50 minutos de cenas inéditas.
Em termos narrativos, o filme relata a missão de um militar dos serviços secretos militares americanos, a quem é atribuída a tarefa de aniquilar um antigo coronel americano que de super militar se transformou num indivíduo dominado pela loucura. Com a subida de um rio através do Vietname em direcção ao Cambodja, Willard confronta-se com a insanidade da guerra. Mas estava longe de perceber aquilo que o esperaria no final da viagem. Apresentando cerca de 50 minutos a mais que a versão original, "Apocalypse Now Redux" redefine-se e estende, ainda mais, a amplitude da sua visão épica. Continua o mesmo filme visualmente colossal, a mesma odisseia pela insanidade que foi o Vietname. A essência do original permanece intacta.
"Apocalypse Now Redux" é, se dúvidas existiam, a prova final de um épico de dimensões raras. Quando Coppola afirma que o seu filme é o Vietname, é realmente impossível não nos apercebermos da dimensão, cada vez mais louca e insana, que o filme adquire quanto mais se aproxima de Kurtz (o plano final de Willard a encarar a tribo é arrepiante e um paradigma do verdadeiro "terror" que Kurtz tantas vezes o alertou).