O presidente da Câmara da
Covilhã ameaça obstruir a continuação
das obras
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Pinto quer nó
de acesso da auto-estrada no Centro Hospitalar e Canhoso
"Temos o caldo entornado"
A Auto-Estrada da
Beira Interior continua a gerar polémica. Carlos
Pinto avisa que se não forem feitos os nós
de acesso que a autarquia e populações necessitam,
a continuação dos trabalhos pode estar em
causa. A SCUTVIAS diz que não pode contrariar projectos
aprovados.
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Carla Loureiro
NC/Urbi et Orbi
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A Câmara Municipal
da Covilhã quer um nó de acesso da Auto-Estrada
da Beira Interior no Centro Hospitalar e um outro na zona
do Canhoso. É esta a exigência que foi feita
a Matos Viegas, responsável da SCUTVIAS, empresa
concessionária da via que vai ligar Torres Novas
à Guarda, num encontro realizado junto à Ponte
Pedrinha, na última quarta-feira, 10. De acordo com
o presidente da autarquia covilhanense, o único nó
aprovado situa-se na Ponte de Alváres e um outro
a construir junto ao Tortosendo. Porém estes dois,
Centro Hospitalar e Parque Industrial do Canhoso, são
essenciais "uma vez que queremos que eles entronquem
na variante à Covilhã". "Nós
não aceitamos a inflexibilidade dos outros e este
problema vai ter que ser resolvido, custe o que custar",
afirma Carlos Pinto.
O traçado da Auto-Estrada da Beira Interior continua
a gerar o descontentamento de várias populações
e os ânimos exaltaram-se um pouco levando Carlos Pinto
a lançar alguns avisos, entre eles, a obstrução
da continuação dos trabalhos. As vozes discordantes
quanto às vias de acesso à Auto-Estrada, neste
caso a sua inexistência, vai engrossando a cada dia
que passa. "Ou eles constroem aquilo que queremos ou
temos o caldo entornado", avisa o presidente do município,
uma vez que, declara, "não se está a
construir vias porque apetece aos políticos, mas
sim porque as pessoas necessitam destas estradas".
Já da parte da empresa concessionária houve
a manifestação para uma reunião conjunta
de modo a debaterem-se todos estes pormenores. Mas Matos
Viegas diz que "a SCUTVIAS não pode contrariar
projectos já aprovados". E continua: "Ou
há uma grande influência política que
ultrapasse as decisões já tomadas ou não
se consegue nada". Uma afirmação que,
na opinião de Pinto, traduz "a falta de boa
vontade da SCUTVIAS". O político diz que "um
passo da SCUTVIAS era essencial" e pede para que esta
"não seja meramente espectadora"
A "assembleia pública" ao ar livre contou
igualmente com a presença dos presidentes das juntas
de Peraboa, Boidobra e Ferro, freguesias particularmente
prejudicadas com a construção desta via de
comunicação. Troca de afirmações
e de responsabilidades à parte, os representantes
das populações não viram os problemas
causados pela construção da Auto-Estrada resolvidos
neste encontro. Porém, Carlos Pinto, categórico
e contundente, avisa que a Câmara Municipal da Covilhã
se vai "opor terminantemente" a esta situação.
"Não permitimos que as vias que estão
no projecto sejam feitas à rebelia e silêncio
daqueles que cá vivem", remata.
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