À esquerda, Leonel Silva, representante da delegação da APP/PSP da Covilhã e à direita António Ramos, presidente da APP/PSP
Associação dos Profissionais de Polícia alerta
"Alargamento da área de acção da PSP é fundamental"

A PSP da Covilhã pretende o alargamento da área de jurisdição. Uma questão que a associação dos profissionais quer ver resolvida tal como o problema das más instalações da esquadra.


Por Catarina Rodrigues


O presidente da Associação dos Profissionais de Polícia de Segurança Pública (APP/PSP) António Ramos, visitou a Covilhã no dia 11 de Julho para obter informações sobre o os problemas que a actual esquadra da cidade apresenta.
A APP/PSP considera fundamental o alargamento da área de jurisdição da secção da Covilhã que segundo Leonel Silva, responsável covilhanense da organização, "está longe de abarcar toda a malha urbana". A Covilhã têm-se desenvolvido muito, nomeadamente na zona baixa da cidade. Nesta área situam-se superfícies comerciais, estabelecimentos hoteleiros, o Centro Hospitalar e um grande aglomerado populacional. Actualmente a área de acção da PSP não inclui esta zona para onde está ainda projectada a futura Faculdade de Medicina, a construção do Centro de Artes e o complexo desportivo. Leonel Silva considera o alargamento fundamental "para evitar o desenvolvimento de focos de insegurança nesta nova zona da cidade". Para além do alargamento da área de jurisdição para a zona baixa é ainda pretendido estender a área de acção da PSP até Santo António e freguesia de Cantar Galo, incluindo a escola de São Domingos.

APP/PSP aconselha encerramento das actuais instalações

A falta de uma rampa de acesso para deficientes e de saídas de emergência, a instalação eléctrica envelhecida e degradada são alguns dos problemas que assombram a esquadra da Covilhã. A estes aspectos junta-se ainda a insuficiência do parque informático e a falta de um compartimento adequado para armazenar o armamento. Por todos estes motivos a APP/PSP sublinha que "a construção da nova esquadra é, não só necessária como imprescindível" e aconselha mesmo o encerramento da actual. "Todos estes problemas só podem ser resolvidos num edifício criado de raiz para o efeito", salienta Leonel Silva. A associação não compreende porque é que a construção das novas instalações não avança, se a própria Câmara Municipal da Covilhã já disponibilizou o terreno. A única justificação que encontra é a "falta de vontade política".
O reforço do efectivo policial é também uma questão que preocupa a APP/PSP. Na secção da Covilhã em 40 efectivos que estão a fazer patrulhamento, oito estão à beira da reforma. António Ramos refere que "o efectivo está desajustado" e acrescenta que este não é um problema específico da Covilhã já que "60 por cento das esquadras portuguesas não respondem às necessidades, nomeadamente no atendimento ao público".
O presidente da APP/PSP reuniu com o executivo da Câmara da Covilhã e com o Comando Distrital da PSP para manifestar a sua posição. Elaborar um relatório e reunir com o ministro da Administração Interna é o próximo passo para tentar que o Governo avance com uma decisão.