O presidente da Associação
dos Profissionais de Polícia de Segurança
Pública (APP/PSP) António Ramos, visitou a
Covilhã no dia 11 de Julho para obter informações
sobre o os problemas que a actual esquadra da cidade apresenta.
A APP/PSP considera fundamental o alargamento da área
de jurisdição da secção da Covilhã
que segundo Leonel Silva, responsável covilhanense
da organização, "está longe de
abarcar toda a malha urbana". A Covilhã têm-se
desenvolvido muito, nomeadamente na zona baixa da cidade.
Nesta área situam-se superfícies comerciais,
estabelecimentos hoteleiros, o Centro Hospitalar e um grande
aglomerado populacional. Actualmente a área de acção
da PSP não inclui esta zona para onde está
ainda projectada a futura Faculdade de Medicina, a construção
do Centro de Artes e o complexo desportivo. Leonel Silva
considera o alargamento fundamental "para evitar o
desenvolvimento de focos de insegurança nesta nova
zona da cidade". Para além do alargamento da
área de jurisdição para a zona baixa
é ainda pretendido estender a área de acção
da PSP até Santo António e freguesia de Cantar
Galo, incluindo a escola de São Domingos.
APP/PSP aconselha encerramento das actuais instalações
A falta de uma rampa de acesso para deficientes e de
saídas de emergência, a instalação
eléctrica envelhecida e degradada são alguns
dos problemas que assombram a esquadra da Covilhã.
A estes aspectos junta-se ainda a insuficiência
do parque informático e a falta de um compartimento
adequado para armazenar o armamento. Por todos estes motivos
a APP/PSP sublinha que "a construção
da nova esquadra é, não só necessária
como imprescindível" e aconselha mesmo o encerramento
da actual. "Todos estes problemas só podem
ser resolvidos num edifício criado de raiz para
o efeito", salienta Leonel Silva. A associação
não compreende porque é que a construção
das novas instalações não avança,
se a própria Câmara Municipal da Covilhã
já disponibilizou o terreno. A única justificação
que encontra é a "falta de vontade política".
O reforço do efectivo policial é também
uma questão que preocupa a APP/PSP. Na secção
da Covilhã em 40 efectivos que estão a fazer
patrulhamento, oito estão à beira da reforma.
António Ramos refere que "o efectivo está
desajustado" e acrescenta que este não é
um problema específico da Covilhã já
que "60 por cento das esquadras portuguesas não
respondem às necessidades, nomeadamente no atendimento
ao público".
O presidente da APP/PSP reuniu com o executivo da Câmara
da Covilhã e com o Comando Distrital da PSP para
manifestar a sua posição. Elaborar um relatório
e reunir com o ministro da Administração
Interna é o próximo passo para tentar que
o Governo avance com uma decisão.
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