Expirou, no mês passado, segundo o jornal Público,
o prazo que o Governo tinha para eleborar os planos de
ordenamento de algumas áreas protegidas. E existem
dez áreas naturais que já deveriam ter planos,
entre as quais se situa o Parque Natural da Serra da Estrela
(PNSE). Mas também a Reserva da Malcata já
deveria ter o plano elaborado em Maio de 2002, o que acabou
por não acontecer.
Recorde-se que o primeiro prazo estipulado para que o
Plano estivesse pronto era Novembro de 2000. Depois, sucessivos
atrasos levavam o director do PNSE, Fernando Matos, a
apontar para o primeiro semestre de 2002 para que tudo
estivesse pronto. E adiantava (ver NC de 4 de Janeiro)
que a revisão do Plano poderia vir a incluir o
Sarzedo, no concelho da Covilhã, no PNSE. Com este
plano pretendia-se uma redefinição de limites
e tornar o plano adequado às actuais necessidades,
pois limitava algumas freguesias e esquecia a preservação
de determinados ecossistemas.
Mas há outras novidades negativas para o PNSE.
É que não irá receber o patrulhamento,
nesta época de incêndios, de militares disponibilizados
pelo Ministério da Defesa. Incluídos nesta
ajuda estão os parques do Douro Internacional e
Serra da Malcata. A Serra da Estrela fica de fora porque,
segundo Fernando Matos, já montou o seu plano de
vigilância e recusou a proposta por falta de verbas.
"Não conseguimos disponibilizar mais verbas
que eram inerentes ao apoio dos carros dos militares.
Por outro lado, também nos faltavam meios logísticos,
ou seja, pessoas para acompanhar os homens nas suas viaturas.
Não pudemos assumir essa ajuda" explica Fernando
Matos.
O PNSE abrange 12 concelhos, uma área total de
111 mil hectares. Este ano serão mantidos o mesmo
número de vigilantes e brigadas, e no terreno estarão
cerca de 26 homens divididos em seis veículos todo-o-terreno.
Para além disso, o PNSE conta com o apoio de várias
brigadas de sapadores florestais.
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