Autarquia covilhanense cancela
protocolo
Coro Misto não
sabe se vai à Coreia
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Ana Maria Fonseca
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O Coro Misto da Covilhã deverá rumar à
Coreia para duas actuações, as Olimpíadas
Corais e um festival coral em Seul que terão lugar
no próximo mês de Outubro, caso exista apoio
financeiro para as deslocações. A Associação
Cultural da Beira Interior (ACBI) conta com o apoio da autarquia
de Seul, que custeará a 100 por cento as despesas
de estadia do Coro na capital coreana. Segundo um comunicado
à imprensa enviado pela ACBI, responsáveis
pela cultura na Câmara de Seul, "mostraram todo
o interesse na escolha do Coro Misto para este selectivo
Festival", depois de assistirem ao concurso Robert
Schumann na Alemanha.
Com Fundação alemã Interkultur a pagar
50 por cento dos custos da estadia em Busan, local onde
decorrem as Olimpíadas Corais, torna-se possível
a participação do Coro "faltando apenas
a verba para as deslocações".
Maria do Rosário Rocha, vereadora da Cultura, diz
que é muito complicado apoiar o Coro no que respeita
às verbas para a deslocação, uma vez
que "estamos num ano de contenção financeira
e já tínhamos informado o maestro Luís
Cipriano [director da ACBI] de que a contenção
económica, que é pública, não
nos permitirá a verba que ele pede", refere.
A complicar a situação está o cancelamento
de um protocolo que a autarquia covilhanense assinou com
a ACBI, anunciado em sessão de Câmara da passada
sexta feira, 5. O cancelamento decorreu da alegada falta
de esclarecimento sobre a definição da data
e do número de concertos deste Coro Misto.
"O Coro tem nível"
"As associações, com base nos protocolos,
criam expectativas, fazem planos em função
da verba a receber e não podem, de um momento para
o outro, ficar sem essa capacidade, uma vez que se esgota
uma das principais fontes de financiamento", afirma
Miguel Nascimento, vereador do PS na Câmara da Covilhã,
acrescentando que "é preciso pensar o que é
prioritário e o que tem nível cultural. Se
a Câmara de Seul insiste na actuação
do Coro e custeia as despesas é porque o Coro tem
nível", refere.
Alberto Alçada Rosa, vice-presidente da autarquia
diz que há apenas "um pedido de esclarecimento
e de justificação acerca do protocolo anterior.
É necessário fazer uma avaliação
e ao mesmo tempo verificar a utilização das
verbas disponibilizadas para o cumprimento do protocolo
anterior", conclui.
A vereadora com o pelouro da Cultura deverá realizar
em breve uma reunião com a direcção
da ACBI para esclarecer esta questão.
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