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Conselho de
administração preocupado com contratos a
prazo
Serviços em risco
no Sousa Martins
A situação
dos contratados está a afectar o Hospital da Guarda.
Os responsáveis avisam que o facto de haver 29
enfermeiros, vários técnicos superiores
e administrativos, entre outros, com contratos a prazo,
pode prejudicar o funcionamento da Pneumologia e Medicina.
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Hélder
Sequeira
NC/Urbi et Orbi
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O Conselho de Administração
do Hospital Sousa Martins está preocupado com as
medidas de excepção para renovação
dos contratos que podem levar à redução
do quadro de pessoal daquela unidade hospitalar. João
Guilherme, director do Sousa Martins, afirma que ainda não
teve qualquer informação, por parte do novo
Governo, acerca das directrizes para Hospital da cidade
guardense. O director dá o exemplo de um médico
do serviço de Medicina Ocupacional que tem contrato
a termo e por isso não sabe se vai ou não
ficar, mas assegura que é o único naquelas
condições. Situação idêntica
se passa com 29 enfermeiro que, até final de Setembro,
vêm os seus mandatos terminados. Alguns deles já
acabaram os contratos, mas ainda não foram dispensados,
uma vez que a Administração Regional de Saúde
do Centro devolveu os contratos pedindo ao Hospital uma
fundamentação mais exaustiva. Neste momento,
o Sousa Martins têm quatro técnicos superiores
com contrato de trabalho a termo certo, dois farmacêuticos,
dois patologistas de medicina clínica, um médico
de saúde ocupacional, um médico pediatra e
em regime de avença os tais 29 enfermeiros e nove
administrativos. "Se não forem postas em práticas
medidas excepcionais e se os contratos não forem
assinados, há serviços que correm sérios
riscos, nomeadamente o de medicina e pneumologia",
alerta José Guilherme.
Estas situações foram dadas a conhecer na
semana passada, tal como o balanço do trabalho realizado
nos últimos três meses, o qual é considerado
positivo. O director demissionário do Sousa Martins
considera que o objectivo de conseguir um novo hospital
foi conseguido. José Guilherme não se sente
defraudado, uma vez que conseguiu "reformular o plano
director e adjudicar o projecto definitivo". Porém,
sente-se penalizado por não "ter resolvido o
problema da pediatria". A realização
de obras em diversos serviços, concretamente nos
de Ginecologia, Pneumologia e Medicina, a criação
de um novo bloco operatório para Obstetrícia,
da Unidade de Cuidados Intensivos e de Dor, do serviço
de Anestesiologia, é, no entender de Guilherme, a
"prova do trabalho realizado pela administração
do Sousa Martins". O que contribuiu igualmente para
o bem estar dos utentes e funcionários, segundo aquele
membro do Conselho de Administração, foram
as obras realizadas no exterior das instalações,
onde se destacam os trabalhos de melhoramento da cerca,
pintura do pavilhão contra incêndios, entre
outras. A celebração de um protocolo com o
Instituto de Medicina Legal permitiu a recuperação
integral da morgue e sala de autópsias e também
a instalação de câmaras frigoríficas.
Em relação à sua situação
demissionária, José Guilherme deseja não
ser mantido no cargo durante muito mais tempo, contudo não
prevê sair antes de ser substituído. "Tenho-me
pautado pela correcção e obrigações
que me são impostas e por isso o dever de continuar
até ser substituído", considera.
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