O ADE- Torradinho sagrou-se, no
último sábado, 22, Campeão Nacional
da III Divisão em Xadrez
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Xadrez
ADE vence Nacional da
III Divisão
O ADE - Torradinho
fecha a temporada com a conquista do Nacional da III Divisão.
Uma vitória presenciada por elementos da Federação
Portuguesa de Xadrez que quer dinamizar a modalidade no
Interior.
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Alexandre Silva
NC/Urbi et Orbi
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A equipa de Xadrez da
ADE - Torradinho, da Covilhã, sagrou-se, no último
sábado, 22, Campeã Nacional da III Divisão.
O colectivo serrano venceu na final, disputada no edifício
do Departamento Cultural da Câmara Municipal, a turma
dos Ferroviários do Barreiro por 2,5 - 1,5. A equipa
fechou, assim, com chave de ouro uma época já
de si brilhante. Depois de ter garantido o primeiro posto
numa das oito séries do escalão e, com isso,
alcançado a promoção à II Divisão
Nacional, os serranos eliminaram, na Fase Final, o AC Sismaria
I, a Academia de Xadrez de Gaia (vencedor da Taça
de Portugal) e, por fim, os xadrezistas do Barreiro.
Presente na final disputada na Covilhã, Albino Faria,
vice-presidente da Federação Portuguesa de
Xadrez (FPX) congratula-se por uma cidade do Interior ter
recebido uma final. Para o responsável federativo
este pode ser um "ponto de viragem para o desenvolvimento
da modalidade na região". Faria recorda que
o Xadrez está mais enraizado no Litoral mas que se
"encontra em franco desenvolvimento nas restantes regiões".
A causa da existência de poucos clubes na faixa mais
profunda do País, justifica o dirigente, "deve-se,
sobretudo, à falta de acessibilidades. Há
muita dificuldade de deslocação dos clubes
para competirem entre si e a competição interna
acaba por se tornar pouco emotiva". De resto, com a
conclusão da rede viária que se perspectiva
para a região, Albino Faria defende a "realização
de mais provas e intercâmbios nestes distritos para
promoção da modalidade".
Outro método de divulgação que a Federação
está a pensar tem a ver com o incentivo à
prática do xadrez nas próprias escolas, com
a organização de torneios: "Hoje em dia
todos os jovens sonham ser futebolistas, mas acredito que
se se organizarem iniciativas nos estabelecimentos, os alunos
vão aderir". As vantagens, defende, "são
muitas, pois está provado que o xadrez desenvolve
a capacidade de raciocínio, bem como o espírito
crítico das crianças, preparando-as melhor
para a vida de adultos".
Para o responsável, esta é a altura para o
Xadrez, em Portugal, "dar o salto". A profissionalização
da Direcção da FPX será o primeiro
passo. O grande problema, queixa-se, "é que
o orçamento da Federação, atribuído
pelo Instituto Nacional do Desporto, foi reduzido para metade
em apenas dois anos". Tudo, revela, "devido à
realização do Euro 2004. Ainda assim, Albino
Faria não desiste de uma das maiores ambições
da FPX: "Pôr todos os distritos do País
a jogar Xadrez".
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