Levar as crianças do concelho da Covilhã
ao cinema e mostrar como é feita a animação,
proporcionando novas experiências e formando públicos
é o resultado do projecto levado a cabo pelo Cineclube
da Beira Interior em colaboração com a Câmara
Municipal da Covilhã, o Cinescola.
Além da exibição de filmes em cada
período escolar, a que assistiram os cerca de três
mil alunos que compõe as escolas primárias
do concelho, algumas crianças do quarto ano tiveram
oportunidade de realizar curtas metragens de animação,
apresentadas na tarde de quarta feira, 26, depois da exibição
do filme "Monstros & Companhia".
"O objectivo principal é a formação
de públicos. É importante habituar as crianças
desde pequeninas a virem ao cinema e verem filmes diferentes,
até para fugir um pouco àquilo que vêem
na televisão", diz Leonor Pinto, responsável
pelo projecto.
O balanço só pode ser positivo quando a
iniciativa proporciona a muitos meninos o primeiro contacto
com a sétima arte. "O balanço é
muito positivo, as crianças estão muito
satisfeitas, a maior parte delas nunca tinha tido uma
experiência deste género, não só
nos ateliês, mas muitas, sobretudo as mais afastadas
da cidade, nunca tinham vindo ao cinema, por isso acho
que foi uma experiência muito positiva e marcante
para eles, que os vai incentivar para o futuro",
salienta Leonor Pinto.
Além dos cerca de três mil alunos que assistiram
às exibições, uma em cada período
escolar, 250 alunos do quarto ano, de 12 escolas do concelho
que aderiram ao projecto, tiveram oportunidade de realizar
a sua "curta", com a ajuda de três técnicos
do Cineclube que acompanharam os miúdos durante
os ateliês de dois dias, realizados no Teatro-Cine.
"Nos ateliês aprendiam as bases do cinema de
animação, percebiam como é que aparecia
o cinema de animação, desde os brinquedos
ópticos, até aos dias de hoje. Viram algumas
curtas metragens de animação, depois pensaram
na história que gostariam de contar, passavam-na
para um strory board, fizeram os cenários e filmaram.
Realizaram todas as etapas menos a montagem de imagem
e de som", explica a responsável pelo projecto
que promete voltar já em Setembro com a primeira
iniciativa integrada no Imago 2002.
"Quando na Universidade se perspectiva uma licenciatura
em Cinema, penso que este trabalho tem de ser feito, que
é desde já e cedo criar neles o gosto pelo
cinema. Estamos a formar público e quem sabe, futuros
profissionais", comenta Maria do Rosário Rocha,
vereadora com o pelouro da Cultura na Câmara da
Covilhã.
|