Coro Misto da Covilhã
Ameaça de bomba atrasa concerto

Uma ameaça de bomba atrasou ontem o concerto que marcou o fim da época do Coro Misto da Covilhã.

Por Ana Maria Fonseca


O concerto que marcou o fim da temporada do Coro Misto estava quase a começar quando uma mulher, com alegadas perturbações mentais, entrou na igreja de São Francisco e disse para tirarem de lá as crianças porque ia rebentar uma bomba.
Aconteceu no passado domingo, pouco antes das 17 horas, hora marcada para o início do concerto.
Luís Cipriano, director e maestro do Coro Misto da Covilhã, diz que o coro tem sofrido muito este ano "nomeadamente eu com um processo de inquérito na escola, feito por um anónimo, cartas anónimas enviadas para alguns órgãos de comunicação a denegrir a imagem do coro e, agora, no dia do concerto, uma ameaça de bomba".
O maestro diz que estes acontecimentos são a prova evidente do sucesso do ano que passou "senão não tinha criado tantos inimigos", ressalvou.
"Como já estivemos na Palestina, encaramos esta situação com alguma naturalidade, mas vamos levá-la até ao fim para ver, efectivamente, se alguém se aproveitou do estado da senhora, ela própria disse que tinha perturbações mentais, para tentar perturbar este concerto", afirmou Luís Cipriano.
A brigada de Minas e Armadilhas da Polícia de Segurança Pública foi chamada ao local e, depois da vistoria feita à igreja, nada encontrou.
O concerto acabou por decorrer com normalidade, apenas com cerca de meia hora de atraso. A actuação marcou o encerramento das actividades do Coro Misto que este ano totalizou 24 concertos e gravou 3 CDs. Na Igreja de São Francisco pôde ouvir-se um repertório de Música sacra estreado durante a recente visita à República Checa.