Por Ana Maria Fonseca



Luís Arnault e José Flávio

O covilhanense Luís Arnaut, ministro adjunto do Governo de Durão Barroso, presidiu às comemorações dos 127 anos dos Bombeiros Voluntários da Covilhã que se realizaram no passado Domingo. O ministro adjunto garantiu que vinham a caminho alguns equipamentos essenciais aos bombeiros, um auto comando e um pronto socorro que deverão chegar em 2004.
Quanto à urgência de um corpo permanente necessário para a cidade, o ministro respondeu que, não sendo esta a sua área de competência, "levarei esta intenção ao meu colega desta área, o ministro da Administração Interna e vamos analisá-la dentro das prioridades de um Governo que tomou posse e que está apenas há dois meses no exercício das suas funções", referiu.
Luís Arnaut disse ainda que vão tentar "encontrar as soluções financeiras em colaboração com a Câmara para adquirir a auto escada".
A auto escada é um dos equipamentos mais necessários aos Bombeiros da Covilhã. Sem ela torna-se complicado o acesso a prédios mais altos.
"Temos de lutar para que a plataforma venha porque não podemos estar sujeitos a que sejam outras coorporações a atenderem às nossas necessidade", diz José Flávio, a respeito da auto escada que, em caso de necessidade, tem de ser pedida a uma das cidades mais próximas, o que atrasa em muito eventuais operações de salvamento.
Várias juntas de freguesia do concelho ofereceram presentes para assinalar a data. Equipamentos de socorro a sinistrados como um plano duro pediátrico que faz estabilização da zona cervical, face, crânio, e membros inferiores, uma maca que pode ser utilizada em aparelhos de RaioX, e um plano duro com estabilizadores cranianos e cervicais, também com uma aranha, dispositivo de estabilização da vitima.
A coorporação tem também uma nova ambulância, que custou à direcção cerca de oito mil contos.

Futebol para os Bombeiros

Carlos Pinto, também como presidente da Assembleia Geral dos Bombeiros da Covilhã, não quis deixar uma mensagem ao ministro. O autarca falou na situação dos Bombeiros, apelando a uma ajuda do Estado no que toca a equipamentos. "é impensável que numa cidade como esta não haja uma escada de combate", salientou, acrescentando que "temos de acabar com o favoritismo no tratamento desta matérias".
Durante o almoço comemorativo que decorreu nas instalações do quartel dos bombeiros, José Flávio apelou mais uma vez à necessidade de equipamentos e meios sentida pelos bombeiros.
Do apelo surgiu uma sugestão das juntas de freguesias da cidade, no sentido de se realizar um encontro de futebol entre o Sporting da Covilhã e a Associação Desportiva da Estação. Os clubes acederam e adiantaram que as receitas reverterão na íntegra para os Bombeiros da Covilhã.

 




O simulacro realizou-se na tarde de sábado, na Rua dos Combatentes da Grande Guerra



Simulacro mostra actuação dos Bombeiros



As comemorações dos 127 anos dos Bombeiros Voluntários da Covilhã tiveram início na tarde de sábado. Os bombeiros fizeram uma simulação de incêndio e salvamento no número 62 da Rua Combatentes da Grande Guerra, junto ao Jardim Público.
Várias pessoas se juntaram no local para assistir à simulação no edifício onde funciona a Rádio da Covilhã.
Se em vez de simulação fosse realidade "seria uma tragédia porque há um único caminho, quanto mais alto for o fogo mais difícil se torna salvar pessoas", diz o comandante dos Bombeiros, José Flávio.
Se acontecesse um incêndio num prédio, por exemplo, de oito andares, "não temos meios para atender a uma situação dessas", diz o comandante. "Temos de nos servir de prédios limítrofes e tentar entrar por zonas que ainda não estão a arder, o que representa um perigo muito grande que é o de ficarmos encarcerados pelo fogo", salienta.
Neste simulacro estiveram envolvidos 35 homens e 7 viaturas.