Por
Alexandre Silva
Lançado nos Estados
Unidos ainda em 2001, "Love, Life & Leaving",
o segundo álbum dos Detroit Cobras, passou
algo despercebido aos sobrinhos do "tio Sam".
O que não é de admirar uma vez que
a banda do guitarrista Steve Shaw e do baterista
Damian Lang pode enquadrar-se em muitos nichos
do mercado, menos nas correntes mais mainstream
Para quem ainda não teve o prazer de conhecer,
Detroit Cobras é um cocktail à base
de rock n' roll à la anos 50, blues e soul,
condimentado com uma pitada de gospel e um pouco
de escárnio punk. A isto junta-se a voz
remelosa de Rachel Nagy, que parece ter acabado
de acordar com vontade de cantar, e o resultado
é meia-hora de canções absolutamente
eléctricas e contagiantes.
Nenhuma das músicas que compõe o
álbum é original. Mas isso também
não interessa. Até porque a atitude
com que o colectivo as encara é muito própria.
Desde "Hey Sailor, faixa de abertura, até
"Shout Bama Lama", tema final, os Detroit
Cobras reconstroem temas a fazer lembrar Janis
Joplin, B52's, Beach Boys ou Dusty Springfield,
mas com a agressividade e a crueza típicas
de uma banda de garagem.
[visitar
site oficial dos Detroit Cobras]