O Governo diz que não apoia
empresas que considera "inviáveis"
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Secretária
de Estado da Economia reúne com autarcas e sindicatos
Estado não subsidia
empresas "inviáveis"
No final do encontro,
realizado no Governo Civil, a governante afirma ainda
que o Executivo vai tentar encontrar formas de minimizar
os efeitos sociais da crise têxtil que afecta o
distrito.
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Céu
Lourenço
NC/Urbi et Orbi
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"Trata-se de uma
situação grave em termos sociais e humanos.
Mas acredito que os organismos do Estado vão encontrar
meios de apoiar as pessoas que se encontram numa situação
dificil". É esta a convicção da
Secretária de Estado Adjunta do Ministro da Economia,
Dulce Franco, no final da reunião de trabalho no
Governo Civil, na última terça-feira, 4. Além
da Secretária de Estado, estiveram também
presentes vários autarcas do distrito, associações
empresariais e sindicais ligadas aos concelhos mais atingidos
e deputados eleitos pelo círculo de Castelo Branco.
O objectivo era um só: ouvir as preocupações
e encontrar soluções para os problemas que
afectam as indústrias de lanifícios e confecções.
Dulce Franco salienta que as empresas que se encontram inviáveis
não podem contar com o Governo para as subsidiar,
mas sim "para tentar melhorar do ponto de vista social
os efeitos dessa crise, através dos Ministérios,
para a promoção de iniciativas que, em pequena
escala, possam lançar a economia". E a "diversificação
de actividades, aproveitando uma zona com capacidades turísticas,
que poderão gerar novos postos de trabalho"
é uma solução apontada pela governante.
Já para Luís Garra, presidente da União
de Sindicatos de Castelo Branco (USCB), este encontro não
trouxe muito de novo, porque "foi uma resposta indirecta
à sugestão que a União tinha feito
ao Ministro da Economia", afirma o sindicalista. "Viemos
com sentido aberto e construtivo, tanto que apresentámos
uma proposta concreta, a necessidade de um Plano de Emergência
para o distrito", considera Garra. Proposta essa que
foi apoiada por outros dos intervenientes na reunião.
No entanto, para o presidente da USCB, o "distrito
não se desenvolve a pagar subsídios de desemprego
mas sim com pessoas a trabalhar". "O subsídio
de desemprego para mil trabalhadores fica acima de um milhão
de contos por ano. Ora, com esse valor fazem-se muitos investimentos,
criam-se muitos postos de trabalho e defendem-se muitas
empresas", exemplica Garra.
Também presente na reunião, o presidente do
NERCAB, Luís Veiga, mostrou-se preocupado pela pouca
abertura do Governo para resolver um problema que afecta
o distrito, e em concreto, alguns concelhos, como o de Belmonte.
Aliás, também o autarca belmontense, Amândio
Melo, salienta que a situação económica
se pode tornar muito preocupante, nos próximos tempos,
caso não se avancem com medidas concretas no sector.
Recorde-se que, nos últimos meses, foram várias
as empresas que fecharam, na Beira Interior, sobretudo na
área dos têxteis, com os casos mais graves
a registarem-se no Fundão, com a ERES a deixar 500
pessoas no desemprego, e em Belmonte, onde a falência
da Montebela atirou 220 pessoas para a rua.
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