Por
Alexandre Silva
Dúzia
e meia de novos temas, mas muito pouco de inédito.
Será esta, talvez, a melhor frase para
definir o último trabalho de "originais"
de Moby, "18". O sucessor de "Play",
o aclamado álbum de 1999 que, com justiça,
lançou o nova-iorquino para a fama, e para
os top's de um sem número de países,
e que rendeu milhões na cedência
de direitos de autor para utilização
das músicas em anúncios e filmes
que acabaram por vulgarizar as melodias, é
ideal para os mais extremistas adeptos do autor.
É uma repetição de uma receita
de sucesso. Soa a uma espécie de sequela
de um filme de ficção científica
com as mesmas naves espaciais, os mesmos efeitos
sonoros e o mesmo protagonista. E pior: com o
mesmo argumento. Por exemplo, "Sunday (The
Day Before My Birthday)", "In This World"
e "One of These Mornings" parecem o
prolongamento do popular tema "Why Does My
Heart Feel So Bad" do predecessor de "18".
Felizmente nem tudo é igual a "Play",
muito por culpa da entrada em cena de alguns actores
novos. Sinead O'Connor, MC Lyte, Angie Stone e
o duo Azure Ray emprestam a voz e dão mais
profundidade a temas como "Jam For The Ladies",
"The Great Escape" ou "Harbour",
uma das melhores faixas do álbum. Ainda
assim, o ponto mais positivo de todo o trabalho
é a abertura. "We Are All Made of
Stars", o single de lançamento de
"18", pode incluir-se no grupo das mais
bem conseguidas músicas da carreira de
Moby e é, na totalidade do trabalho, o
mais original capítulo do guião.
Para aqueles que desejavam algo mais inovador,
resta esperar que a saga fique por aqui.
[visitar
site oficial de Moby]