O projecto do Centro de
Artes da Covilhã não deverá ser afectado
pela contenção orçamental que o Governo
está a efectuar. Quem o garante é o ministro
da Cultura, Pedro Roseta, que no sábado esteve em
Castelo Novo, concelho do Fundão, na apresentação
das comemorações dos 800 anos de foral daquela
localidade.
No entanto, Pedro Roseta, natural da Covilhã, relembra
que este é um projecto que "está dependente
de verbas europeias e que terá que ser analisado".
É que, segundo o ministro da Cultura, este é
"um ano muito particular, de grande contenção
orçamental. E um dos riscos que havia era perdermos
os fundos europeus. Por isso, tudo tem que ser feito com
princípio, meio e fim" explica Pedro Roseta.
Recorde-se que a Câmara da Covilhã pretende
ter esta estrutura pronta em 2004, embora as obras não
devam arrancar antes do final do ano. O Centro de Artes
da Covilhã contempla um centro de congressos, com
800 lugares, uma galeria de exposições, um
espaço de teatro, quatro salas de cinema e um restaurante
com capacidade para 100 pessoas.
"Sei o que tem feito o Coro Misto"
Outro dos assuntos abordados pelo ministro da Cultura
foi a falta de apoios que o Coro Misto da Covilhã
denunciou na passada semana. Recorde-se que o Coro esteve
na Alemanha, onde obteve o segundo lugar no concurso Robert
Schumann, mas o seu maestro, Luís Cipriano, mostrou-se
bastante desagradado com a falta de apoio do Estado. "Levamos
uma medalha para Portugal, mas quem manda em nós,
se calhar, nunca ganhou sequer uma medalha de cortiça".
Para além disso, Cipriano refere que o Coro Misto
já não irá às Olimpíadas
Corais, a ter lugar na Coreia, pois o ministério
da Cultura terá enviado uma carta dizendo não
haver disponibilidade financeira. "A Covilhã
é alvo de perseguição cultural"
salientava Cipriano.
Pedro Roseta diz que conhece o Coro Misto, " sei
o que tem feito, mas o apoio depende muito de várias
circunstâncias. Estamos em contenção.
Espero que para o ano possamos superar a herança
que tivemos. É um dossier que tenho de analisar.
Não gosto de fazer promessas que não posso
cumprir" afirma o ministro.
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