Alexandre Silva
NC/Urbi et Orbi


Começaram este ano e, segundo os responsáveis, "as expectativas estão a ser superadas". A Team Auto-Malaca, designação não oficial porque os recursos são escassos e a inscrição dos pilotos como equipa obriga ao pagamento de dois mil e 500 euros por ano e mais 200 por cada elemento, está a fazer boa figura na Taça Nacional de Autocross. Com quatro provas já realizadas, Jaime Soares ocupa a quinta posição do Nacional com um Renault 5 GT Turbo que, em termos de competitividade, afirma, "não tem nada a ver com os primeiros classificados". A formação covilhanense fica completa com Rui Raposo, nono da geral com apenas duas provas disputadas e um primeiro lugar, e Paulo Dias. Para além do calendário de Autocross, os serranos participam ainda nas provas do Nacional de Rallycross que contam para o Trofeu Mitalbi da Escuderia de Castelo Branco.
Apesar de não formarem, oficialmente, uma equipa, os três pilotos e mais um grupo de "voluntários" que auxiliam na mecânica e na logística, preparam cada corrida em conjunto. "É desgastante, quer em termos físicos, quer psicológicos", reitera Paulo Dias. "Este é um passa-tempo que levamos muito a sério e que nos obriga a fazer noitadas na preparação dos carros e a grandes viagens para participar nas várias provas. E isto tudo em cada fim-de-semana porque à segunda feira é dia de trabalho".
O que ajuda a manter esta equipa de pé, explica Rui Malaca, proprietário das instalações que servem de quartel general à formação, "é a amizade e o nosso amor pelo desporto automóvel". Uma modalidade que, diz, "tem muitos praticantes e ainda mais adeptos, mas que não tem a cobertura necessária por parte da comunicação social em geral". Uma situação que, esclarece, acaba por se reflectir na dificuldade em encontrar patrocínios. "Ficamos sem argumentos para pedir apoios a empresas ou outras entidades porque não lhes podemos dizer que o seu logotipo vai aparecer na televisão ou num jornal". Depois, continua, "temos que aproveitar ao máximo patrocínios de 50 ou 100 euros, o que não chega sequer para um pneu. O que significa que temos que investir muito dinheiro do nosso próprio bolso".