Até dia 31, na Biblioteca
Municipal
"O Nosso Gosto de
Pintar"
A pintar desde os 12
anos, João Salcedas considera esta arte um calmante.
As suas paisagens procuram transmitir a calma que não
existe na sociedade de hoje.
|
Por Carmen Martins
|
|
O campo, as gentes e as cores da aldeia que viram nascer
João Salcedas, inspiram as telas deste autor. Nas
exposições que faz procura dar a conhecer
uma pequena amostra do seu trabalho. "Eu não
tenho onde colocar os trabalhos, por isso se não
os mostrar não os consigo guardar todos lá
em casa". Para esta mostra, o artista escolheu 22 trabalhos
que diz serem " muito calmos". Este autor é
da opinião que os seus quadros podem ajudar as pessoas
a relaxar e deixarem de parte a "onda eléctrica"
em que vivem.
A sua primeira exposição foi em 1977 e desde
então tem exposto tanto a nível individual
como colectivo. Não se considera pintor, nem põe
a hipótese de abandonar o grafismo para se dedicar
integralmente à pintura, uma vez que considera esta
arte "muito violenta" para quem se dedica a ela
em exclusivo.
Desde os 12 anos que a pintura é como um calmante
para João Salcedas. A necessidade de pintar é
diária, segundo este artista que se compara a um
doente nervoso dependente de calmantes para viver normalmente.
João Salcedas encontrou na Biblioteca Municipal o
espaço que procurava para expor os seus trabalhos.
Ao contrário de outros espaços que "
pediram quantias elevadas para acolher esta exposição",
a Biblioteca abriu as portas sem pedir nada em troca.
A obra deste artista poderá ser vistos até
dia 31 deste mês, na Biblioteca Municipal da Covilhã.
|