Consciencializar e preparar as famílias que possuem
empresas para vencer dificuldades ligadas com a sua gestão
e com a sucessão para a geração seguinte,
são os objectivos do programa "De Geração
para Geração" da Associação
Portuguesa das Empresas Familiares (APEF). Esta iniciativa
da APEF surge num contexto em que apenas 10 a 15 por cento
de empresas familiares passam para a segunda geração.
O seminário de sensibilização geral,
realizado em parceria com a Associação Empresarial
da Covilhã, Belmonte e Penamacor teve lugar no
Auditório da ANIL, na passada terça feira,
14. "Preparar a mudança, garantindo a continuidade"
é o lema do programa, que deve estar concluído
até ao final do ano.
Este projecto da APEF envolve 24 associações
empresariais portuguesas de expressão nacional
e regional e desenvolve-se em três fases. Num primeiro
nível, a associação realiza os seminários
de sensibilização geral. O seminário
já foi apresentado em diversos locais do país,
sendo que a apresentação na Covilhã
é já a 20ª acção desenvolvida
pela APEF em conjunto com uma associação
empresarial local. A segunda fase é dirigida directamente
à empresa. "Já fizemos 21 seminários
privados, com famílias empresariais e temos 22
para fazer, visto que o projecto envolve 43 seminários
directos", refere Maria Manuela Loureiro, coordenadora
do programa.
A terceira fase é de acção directa
dentro de famílias empresariais, ajudando-as a
elaborar o seu protocolo familiar, um conjunto de regras
que regulam as relações da família
com a empresa. "São as regras do jogo. Se
a família proprietária quer que aquele património
vá passando de geração para geração,
tem que planear o seu papel no futuro da empresa",
explica a coordenadora.
Gerir o futuro das empresas sem guerras familiares
O segundo tema em foco foi a "Gestão estratégica
nas empresas familiares", cuja abordagem esteve a
cargo de José Homero, docente do Instituto Superior
de Economia e Gestão na Universidade Técnica
de Lisboa. "O objectivo é ajudar as Empresas
Familiares, que têm uma especificidade muito própria,
a ultrapassar problemas a nível da gestão",
explica.
Uma vez que na região da Covilhã mais de
90 por cento das empresas são familiares, a Associação
Empresarial desta área decidiu colaborar com a
APEF. "A nossa região tem um problema económico
para resolver. Continuamos com problemas no sector têxtil.
O que se está a fazer é alertar para que
as empresas familiares consigam gerir o seu futuro sem
existirem guerras dentro das famílias" comenta
João Carvalho, presidente da Associação
Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor.
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