O Coro Misto da Covilhã iniciou na passada sexta
feira, 10, mais uma digressão, desta vez com passagens
pela República Checa e Alemanha. O primeiro concerto,
marcado para ontem, segunda feira, foi na Catedral de
Karlovy Vary, no centro da província da Boémia,
na República Checa. Neste concerto foi estreado
o novo reportório do Coro Misto, com obras sacras
à "Capella", de compositores como Mozart,
Arcadelt, Allegri e Bruckner, entre outros. O segundo
concerto realiza-se hoje, terça feira, 14, nas
Termas da mesma cidade, que foram frequentadas por compositores
como Mozart, Beethoven, Dvorak e Chopin, ou outras personalidades
como Goethe, Tolstoi e Pedro "o grande".
Já no dia 15, o destino é a Alemanha, mais
concretamente Zwickau, terra natal de Robert Schumann,
sendo o primeiro concerto na quinta feira, 16, no Neue
Welt Konzertsaal, um auditório de estilo Art-Noveau,
de excelentes tradições culturais. Já
na sexta feira, 17, pelas 14 horas, inicia-se o 4º
Concurso Robert Schumann, que é o motivo principal
desta digressão.
Este concurso, um dos mais importantes da Europa, conta
este ano com a participação de 39 coros,
que representam países como Estados Unidos, Rússia,
Liechtenstein, Lituânia, Estónia. Macedónia,
Brasil, Portugal, Alemanha, Itália, Holanda, Dinamarca,
Ucrânia, África do Sul e Suécia. Já
o Coro Misto da Covilhã é o único
representante de Portugal e apresenta-se a concurso com
quatro obras previstas nos regulamentos, ou seja, Trai-Trai
(música popular), Vexilla Regis de Bruckner (música
sacra), uma peça obrigatória de Brahms (Suber
Mai) e uma peça do século XX, a Avé
Maria de Luís Cipriano. Note-se que esta é
a primeira vez em que um coro português participa
no concurso.
O júri será composto por Gabor Baross (Hungria),
Albrecht Hofmann (Alemanha), Christian Ljunggren (Suécia),
Werner Pfaff (Alemanha) e Georgij Struve (Rússia).
O Coro Misto da Covilhã, apesar da séria
concorrência, tem como objectivo classificar-se
nos três primeiros lugares, embora "caso não
aconteça, não é de estranhar, uma
vez que é o primeiro concurso internacional onde
participa", salientam os responsáveis do Coro,
que frisam também o facto de ali estarem coros
cujos países "proporcionam outros tipos de
condições". Esta digressão,
segundo a Associação Cultural da Beira Interior,
vai custar cerca de cinco mil contos, comparticipada em
350 contos pela autarquia covilhanense e 400 contos pelo
Instituto Português da Juventude.
|