O Souto Alto é uma das cinco lixeiras que aguarda selagem
Promessa de José Sócrates continua por cumprir
Cinco lixeiras ainda por selar na Beira Interior

A selagem de todas as lixeiras em Portugal, prometida pelo anterior ministro do Ambiente, José Sócrates, ainda está por concretizar. É que, na Beira Interior, ainda há cinco lixeiras à espera. O presidente da AMCB, José Manuel Biscaia, garante que os trabalhos vão avançar.


João Alves
NC/Urbi et Orbi


Continua por cumprir uma das promessas do anterior Ministro do Ambiente, José Sócrates: a selagem de todas a lixeiras em Portugal. É que, como foi noticiado há cerca de três meses atrás, na Beira Interior cinco lixeiras estavam por selar. E assim continuam, segundo adianta o presidente da Associação de Municípios da Cova da Beira (AMCB), José Manuel Biscaia. "Ainda não se começou. Mas penso que o processo poderá ser retomado esta semana" salienta o também autarca de Manteigas. Assim, continuam por selar as lixeiras do Souto Alto, Trancoso, Fornos de Algodres, Meda e Pinhel.
Recorde-se que todo este processo levou mesmo a uma troca de acusações entre José Manuel Biscaia e a presidente do Instituto de Resíduos, Dulce Pássaro. Esta mostrava-se surpreendida pelo facto das lixeiras não estarem seladas e responsabilizava a AMCB por isso. José Manuel Biscaia respondia, dizendo que Dulce Pássaro não conhecia a Cova da Beira e que esta responsável sabia muito bem que os empreiteiros tinham abandonado a obra, por falta de pagamento. Aliás, esta terá sido a causa deste atraso nas lixeiras da Beira Interior. Dulce Pássaro, no entanto, dizia que a AMCB tinha falhado na candidatura a verbas a Bruxelas, no valor de 20 milhões euros, destinada a estas obras. Só que Biscaia dizia ainda esperar por esta verba, pelo que não podia obrigar os empreiteiros a trabalhar, já que devia cerca de 350 mil contos. Alguns meses depois, José Manuel Biscaia garante que "já está tudo regularizado. Agora tudo vai seguir o organograma normal e os trabalhos vão recomeçar". Até porque, para Biscaia, para além de ser urgente selar as lixeiras, também é muito importante continuar a construção das estações de transferência, que já estavam iniciadas e com o passar do tempo corriam o risco de já não poderem ser reabilitadas.