Assembleia Municipal de Idanha-a-Nova reprova orçamento para 2002/03
"PSD votou contra o desenvolvimento"

O presidente da Câmara da Idanha-a-Nova, Álvaro Rocha, diz que o PSD prestou um mau serviço ao município. E que assim, obriga a que seja cometida uma ilegalidade.

Céu Lourenço
NC/Urbi et Orbi


O Orçamento e grandes opções do Plano para o período de 2002/2005, da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, foi reprovado na terça-feira, 23 de Abril, pela Assembleia Municipal daquele município raiano.
Para o presidente da autarquia, Álvaro Rocha, as dúvidas levantadas pelos vereadores do PSD foram "estranhas" e os mesmos não apresentaram qualquer proposta para que o orçamento fosse viabilizado. "Lamentavelmente o seu voto foi contra, sem que tenha sido apresentada qualquer fundamentação sustentada" explica o autarca. Já quanto à Assembleia Municipal, Álvaro Rocha lamenta que a convocatória para a reunião não determinasse "o período antes da ordem do dia. O presidente usou e abusou para impor assuntos sem nenhum respeito pela ordem de trabalhos e, por outro lado, o tempo das intervenções não foi controlado". O autarca considera também estranho que a discussão se tivesse iniciado "através dos membros da Assembleia, sem ser dada a palavra ao presidente da Câmara para que apresentasse os documentos em análise".
O presidente da Câmara da Idanha diz que "o tom rancoroso e revelador de um espírito de mau perdedor não se ficou pelo grupo parlamentar do PSD", mas teve continuidade na atitude do presidente da Assembleia, João Castel-Branco Silveira. "Tratando-se de um independente, não se soube assumir como tal. Ao longo da discussão, influenciou claramente as tomadas de posição" diz Álvaro Rocha. E acusa Castel-Branco Silveira de referir que havia erros nas contas do Orçamento, revelando que "o seu conhecimento em matéria de orçamentos não é assim tão grande".
O presidente da Câmara Municipal afirma que "a bancada do PSD na Assembleia, e o seu presidente, prestaram um mau serviço ao Município e desvirtuaram as suas atribuições e competências. Ao reprovar este orçamento, vão obrigar a que se cometa uma ilegalidade, pois o prazo limite para aplicação do POCAL é de 30 de Abril. Até lá, sem as propostas que não ousaram fazer, não será possível cumprir com a legislação" explica o autarca. Por isso, Álvaro Rocha considera que o PSD "prestou um mau serviço. Declaradamente votou, não contra este orçamento, mas contra o desenvolvimento do concelho".