António Fidalgo
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Os anos cheios
A UBI celebra hoje 16 anos e
está em franco desenvolvimento. Duas das suas 5
faculdades, a de Artes e Letras e a de Ciências
da Saúde, entraram em funcionamento ainda há
muito pouco tempo, e muitos dos cursos de licenciatura
ministrados ainda não viram os seus primeiros licenciados.
Perante a necessidade de ganhar anos há duas opções
a seguir, diametralmente opostas. Ou aguardar passivamente
que os anos passem, que os cursos lançados há
um, dois ou três anos, tenham os seus licenciados,
que novos alunos ingressem na universidade, ou então
aproveitar esta fase de crescimento e tomar uma atitude
activa de intervenção no crescimento da
universidade. Numa fase de competição por
alunos, e sobretudo por bons alunos, que felizmente ocorre
em Portugal, a atitude passiva seria desastrosa para uma
jovem escola como a UBI. Uma universidade de séculos,
como a de Coimbra, pode dar-se ao luxo de seguir a rotina,
de deixar correr o tempo, de somar ano após ano.
A UBI, na condição de querer não
ser apenas uma jovem universidade, mas de ser antes uma
boa universidade, tem de enfrentar os difíceis
anos de juventude como um desafio de os converter em anos
cheios de actividade. Só a azáfama da sementeira
permitirá uma colheita frutuosa.
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