Há
mais de 10 anos à espera de casa nova, Francisco
José Lucas viu realizado na passada quinta feira,
25 de Abril, o desejo de uma habitação condigna.
A antiga casa onde morava com os pais e um sobrinho tinha
muita humidade e "mais de cem anos".
Além de chover lá dentro, a casa era também
"muito fria".
A nova habitação "dá quase para
lá jogar à bola", diz, sem esconder a
alegria pela novo lar. Tal como Francisco Lucas, 24 famílias
realizaram o sonho de ter uma nova casa, entregue pela Câmara
Municipal da Covilhã no aniversário da Revolução
dos Cravos.
Eugénia Varandas vivia com os pais numa casa onde
não tinha um quarto para a filha. Viúva, para
esta mulher uma nova casa representa "uma grande liberdade"
e a possibilidade de ter "um cantinho só meu
para aqui morar com a minha filha", impossível
caso tivesse de comprar casa.
A alegria foi uma constante para aqueles que receberam uma
das 24 habitações sociais da Vila do Carvalho.
No entanto, garante o presidente da Junta de Freguesia,
ainda não é suficiente " perante a carência
que esta freguesia tem".
Carlos Pinto, presidente da autarquia covilhanense, assegura
que a entrega de habitações no concelho não
fica por aqui, uma vez que, "não há mercado
na habitação com a resposta que se exigiria
e as pessoas mais pobres não têm possibilidade
de comprar casa", afirma, acrescentando que este "papel
fundamental do município tem sido cumprido, construindo
habitação e colocando-a à disposição
das pessoas". O edil assegura ainda o lançamento
de mais habitações na Vila do Carvalho, referindo
que no Tortosendo já estão em fase de construção
mais habitações sociais e no Paul está
a ser analisada a adjudicação de um empreendimento,
o que, sublinha, perfaz um total de cerca de 250 fogos.
No empreendimento da Vila do Carvalho, candidato ao Prémio
Nacional de Habitação Social, o autarca garante
que a construção é de grande qualidade
e, por isso, apela aos que agora ocupam as casas que as
estimem e conservem. Estes 24 fogos representam um investimento
na ordem dos 250 mil contos.
Acesso à futura Faculdade de Medicina
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Um quilómetro de estrada e quatro vias fazem
actualmente a ligação entre a rotunda
do Hotel Turismo e o pavilhão da ANIL
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A avenida Infante Dom Henrique, que liga a rotunda do
Hotel Turismo ao pavilhão da ANIL foi inaugurada
no fim do dia. Com custos na ordem dos 300 mil contos,
dos quais 80 mil foram suportados pelas empresas instaladas
naquela zona, esta via de quatro faixas com extensão
de um quilómetro irá servir, num futuro
próximo, a futura Faculdade de Medicina. Por enquanto,
a Avenida Infante Dom Henrique serve a zona de expansão
criada naquela área e, na opinião de Carlos
Pinto "cria potencialidades de expansão extraordinárias".
Proximamente a estrada deverá "expandir-se
até ao INATEL", assegurou o autarca.
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