"Cumpriu-se mais um ano de existência na vida
da Universidade, em que esta se afirmou, cresceu, sobretudo
em qualidade e é isso que nos preocupa", afirma
o Reitor da UBI, Santos Silva, a propósito de mais
um aniversário da instituição. Pedro
Lynce, ministro da Ciência e do Ensino Superior,
estará presente na cerimónia que decorre
hoje a partir das 14h30 e visitará a universidade.
Ao recém empossado ministro, Santos Silva espera
mostrar o estado actual da UBI, e passar "algumas
mensagens sobre o que penso, não só para
o desenvolvimento da UBI, mas do Ensino Superior em geral
em Portugal", ressalva.
A atribuição do doutoramento Honoris Causa
a Adriano Moreira, será um momento alto das comemorações."Somos
a primeira universidade a atribuir-lhe o doutoramento
Honoris Causa e julgo que é extremamente merecida
esta distinção", sublinha, acrescentando
que "quem sai honrada é a instituição".
Adriano Moreira colabora com a UBI a nível do Concelho
Científico desde 1993, e "tem contribuído
muito para a melhoria do ensino superior em Portugal",
salienta Santos Silva.
Para o futuro, as metas fundamentais da instituição
prendem-se com a qualificação dos meios
humanos. Neste momento, esclarece o Reitor da UBI, "40
por cento do corpo docente da instituição
é doutorado e 36 por cento encontra-se em formação".
A abertura de novos cursos é também essencial
para o crescimento da UBI. No próximo ano lectivo
abrem três novas licenciaturas: Cinema, Marketing
e Matemática, Ramo Ciências da Computação.
"Este é um marco que temos de assinalar neste
aniversário, para além de inaugurarmos instalações
(na antiga Fábrica do Moço) que irão,
neste caso, permitir o funcionamento da licenciatura em
medicina até ao terceiro ano, altura em que esperamos
ver concluída a nova Faculdade de Ciências
da Saúde, junto ao hospital da Cova da Beira",
conclui Santos Silva.
Uma instituição que não teme
a interioridade
A Universidade da Beira Interior (UBI) nasceu a 30 de
Abril de 1986, sucedendo assim ao Instituto Universitário
da Beira Interior (IUBI), criado em 11 de Setembro de
1979, que veio substituir o Instituto Politécnico
da Covilhã, criado em 11 de Agosto de 1973. De
acordo com este último diploma, competia ao Instituto
Politécnico da Covilhã "ministrar o
ensino superior de curta duração, orientado
de forma a dar predominância aos problemas concretos
e de aplicação prática e promover
a investigação aplicada e o desenvolvimento
experimental, tendo em conta as necessidades no domínio
tecnológico e no sector dos serviços, particularmente
as de carácter regional". Foi dentro deste
âmbito que o IPC, cuja actividade se iniciou em
Fevereiro de 1975, começou por ministrar os bacharelatos
em Engenharia Têxtil e Administração
e Contabilidade, vindo, em Outubro de 1976, a alargar
o leque dos cursos oferecidos com a criação
dos bacharelatos em Matemática com Ciências
da Educação e Física e Química
com Ciências da Educação, contribuindo
assim para o preenchimento das lacunas sentidas na Beira
Interior, relativamente a professores qualificados para
o ensino secundário.
Circunstâncias várias levariam à necessidade
de converter o Instituto Politécnico em estabelecimento
de ensino superior universitário, o que viria a
suceder em 1979, com a criação do Instituto
Universitário da Beira Interior. Mas o rápido
crescimento deste Instituto no que respeita ao número
de alunos, docentes e funcionários, de cursos ministrados
e de actividades de investigação e apoio
à comunidade, conduziria à sua elevação
a Universidade, em 1986.
16 anos passados sobre o seu nascimento, a UBI caminha
cada vez mais a par da vanguarda do ensino universitário
no que respeita à qualificação do
corpo docente, às infra-estruturas e à qualidade
de vida dada aos seus alunos no nosso País.
"A UBI tem uma localização geográfica
que nos penaliza imenso", afirma o Reitor, Santos
Silva, e continua, "esta é uma região
com uma densidade populacional bastante baixa. Por este
motivo, 80 por cento dos mais de quatro mil alunos são
deslocados, sendo 60 por cento da região Norte/Litoral.
No entanto, a UBI continua a afirmar-se pelas vias que
Santos Silva considera as possíveis "a qualidade
e a diferença".
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