À semelhança de anos anteriores, a AAUBI
realizou no dia 17 de Abril o Fórum Pedagogia,
com o intuito de levantar e analisar as causas do insucesso
escolar. Na discussão participaram Paulo Fiadeiro,
presidente do Conselho Pedagógico, Luís
Carrilho, vice-reitor, João Queirós, presidente
do Departamento de Química, José Miguel
Oliveira e Catarina Mendes, da direcção
da AAUBI.
Todos os participantes concordaram com o conceito de "cadeira
crítica" que se define como uma cadeira onde
a taxa de reprovação seja superior a 50
por cento dos alunos inscritos. Foram apresentadas várias
causas para esse problema: a dificuldade do professor
em transmitir os conhecimentos, a não comparência
dos alunos nas aulas, a falta de estudo, as lacunas na
formação do secundário e a falta
de infra-estruturas da própria universidade, são
algumas das razões possíveis.
Do auditório surgiu o comentário de que
alguns professores não permitem a aproximação
dos alunos, inibindo-os de fazer perguntas sobre a matéria.
Para Luís Carrilho, a aproximação
professor-aluno é necessária, mas o professor
deve manter a autoridade na sala de aula. João
Queirós referiu que quando há um problema,
o primeiro passo que os alunos devem tomar para a sua
resolução é dirigir-se ao Director
de Curso.
Orientação tutorial mais individualizada
A necessidade de aprofundar o regime tutorial recolheu
unanimidade entre a pouca assistência. Isto, claro,
sempre que este regime aprofunde a relação
entre o tutor e o aluno por quem se responsabiliza. Foi
referido ser necessário criar uma orientação
mais individualizada, em detrimento da orientação
por anos lectivos seguida até agora. Face à
dificuldade financeira que este método traria à
UBI, Paulo Fiadeiro sugeriu que essa prática fosse
uma realidade nos dois primeiros anos das licenciaturas,
os anos considerados mais problemáticos pelo presidente
da direcção da AAUBI, José Miguel
Oliveira.
Paulo Fiadeiro considerou este fórum bastante positivo
porque "os alunos e professores têm oportunidade
de expor os problemas e podem surgir novas ideias".
Catarina Mendes, da Associação Académica,
reconhece que "o insucesso escolar não é
a luta mais emblemática" mas é um problema
que afecta não só a UBI, como todo o ensino
superior e que necessita de ser combatido.
É de salientar a fraca adesão dos alunos
a este fórum que antecedeu uma AGA, onde seriam
discutidos os mesmos problemas.
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