Por Carmen Martins


Velas pela paz no Médio Oriente

Mais de cem pessoas juntaram-se na noite da passada quinta feira, no pelourinho, pedindo a paz para o Médio Oriente.
A onda de solidariedade pela Palestina tem vindo a aumentar em Portugal. Depois de Lisboa, Porto e Coimbra foi a vez da Covilhã mostrar a sua preocupação com a intervenção israelita naquela região.
A ideia surgiu de um grupo de mulheres indignadas com o que se está a passar. Desta união de esforços surgiu a ideia de uma vigília e de um abaixo-assinado.
"O fim da agressão bélica israelita e a libertação de Yasser Arafat e de todos os palestinianos detidos" são algumas das reivindicações que fazem parte do referido abaixo-assinado. O documento será apresentado às embaixadas de Israel e dos Estados Unidos da América, à delegação da Alta Autoridade Palestiniana e ao Conselho de Ministros Português.
A deslocação do Coro Misto e da Orquestra da Covilhã à Palestina, há dois anos atrás, despertou a cidade da Covilhã para esta questão. O relato dos músicos e dos jornalistas que acompanharam a comitiva trouxe uma imagem diferente daquela que estava a ser transmitida para o exterior. O maestro Luís Cipriano foi rotulado como "terrorista" por ter na sua posse documentos em árabe. Os instrumentos da sua orquestra foram destruídos e, nessa altura todos sentiram na pele o que é querer ser solidário com o povo da Palestina. "As boas intenções de Israel podem convencer muita gente, mas eu que já passei por algumas situações menos engraçadas já não me conseguem convencer", afirmou o maestro.
Enquanto as velas acesas continuam a tentar aquecer os corações de quem pode pôr fim ao conflito, multiplicam-se em todo o mundo as manifestações ao povo palestiniano.