Mais de cem pessoas juntaram-se na noite da passada quinta
feira, no pelourinho, pedindo a paz para o Médio
Oriente.
A onda de solidariedade pela Palestina tem vindo a aumentar
em Portugal. Depois de Lisboa, Porto e Coimbra foi a vez
da Covilhã mostrar a sua preocupação
com a intervenção israelita naquela região.
A ideia surgiu de um grupo de mulheres indignadas com
o que se está a passar. Desta união de esforços
surgiu a ideia de uma vigília e de um abaixo-assinado.
"O fim da agressão bélica israelita
e a libertação de Yasser Arafat e de todos
os palestinianos detidos" são algumas das
reivindicações que fazem parte do referido
abaixo-assinado. O documento será apresentado às
embaixadas de Israel e dos Estados Unidos da América,
à delegação da Alta Autoridade Palestiniana
e ao Conselho de Ministros Português.
A deslocação do Coro Misto e da Orquestra
da Covilhã à Palestina, há dois anos
atrás, despertou a cidade da Covilhã para
esta questão. O relato dos músicos e dos
jornalistas que acompanharam a comitiva trouxe uma imagem
diferente daquela que estava a ser transmitida para o
exterior. O maestro Luís Cipriano foi rotulado
como "terrorista" por ter na sua posse documentos
em árabe. Os instrumentos da sua orquestra foram
destruídos e, nessa altura todos sentiram na pele
o que é querer ser solidário com o povo
da Palestina. "As boas intenções de
Israel podem convencer muita gente, mas eu que já
passei por algumas situações menos engraçadas
já não me conseguem convencer", afirmou
o maestro.
Enquanto as velas acesas continuam a tentar aquecer os
corações de quem pode pôr fim ao conflito,
multiplicam-se em todo o mundo as manifestações
ao povo palestiniano.
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