Por Alexandre Silva
Deles já alguém
disse que podiam ser os novos Nirvana! Puro exagero,
claro está.
Não desprovido de algum cabimento, no entanto.
Com apenas dois elementos, os
manos Jack (guitarra e voz) e Meg White (bateria),
os Stripes destilam o blues e os
primórdios do folk americano em melodias
cruas de rock primário à la Violent
Femmes, mas, no entanto, ricas em padrões
que marcaram várias gerações
entre os
anos 60 e 90.
As referências a nomes tão díspares
como Jimy Hendrix, Eric Clapton, Janis Joplin,
Bob Dylan, Jefferson Airplane ou até aos
britânicos The Who, para não falar
de um
perfume das correntes mais obscuras, personificado
por Ozzy Osborne, transformam
White Blood Cells numa espécie de álbum
de tributo à música da década
de 70. Na
realidade, o que este duo oriundo de Chicago fez,
neste seu terceiro longa duração,
foi
pegar numa série de formas já experimentadas,
misturá-las, reciclá-las e criar
algo de
novo. O resultado são 16 melodias dotadas
de uma personalidade que, ainda que
herdada, não deixa de ser forte e muito
própria.
[aceder
ao site oficial dos White Stripes]