White Stripes ou a super-misturadora rock


White Stripes | White Blood Cells | Sympathy For The Record Industry | 2001


Por Alexandre Silva


Deles já alguém disse que podiam ser os novos Nirvana! Puro exagero, claro está.
Não desprovido de algum cabimento, no entanto. Com apenas dois elementos, os
manos Jack (guitarra e voz) e Meg White (bateria), os Stripes destilam o blues e os
primórdios do folk americano em melodias cruas de rock primário à la Violent
Femmes, mas, no entanto, ricas em padrões que marcaram várias gerações entre os
anos 60 e 90.

As referências a nomes tão díspares como Jimy Hendrix, Eric Clapton, Janis Joplin,
Bob Dylan, Jefferson Airplane ou até aos britânicos The Who, para não falar de um
perfume das correntes mais obscuras, personificado por Ozzy Osborne, transformam
White Blood Cells numa espécie de álbum de tributo à música da década de 70. Na
realidade, o que este duo oriundo de Chicago fez, neste seu terceiro longa duração, foi
pegar numa série de formas já experimentadas, misturá-las, reciclá-las e criar algo de
novo. O resultado são 16 melodias dotadas de uma personalidade que, ainda que
herdada, não deixa de ser forte e muito própria.



[aceder ao site oficial dos White Stripes]