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Recordando um amigo,
um colega
Há uma tristeza
profunda a percorrer os corredores da Unidade de Ciências
Sociais e Humanas da UBI. O Jorge Patuleia acaba de nos
deixar. Connosco fica a saudade de alguém que nunca
regateou a um colega um sorriso ou uma palavra de apreço.
Ao longo dos anos de convívio e de trabalho registámos
nele o exemplo de conduta moral e cívica. Mas mais.
Fica-nos também a saudade de uma pessoa de coragem,
que soube enfrentar com dignidade, até ao último
minuto de vida, o mal que o debelava. Contam-me que, consciente
do fim que se avizinhava, terá dito ao Padre Luciano
Santos Costa, capelão da UBI, que nada já
podendo fazer pelo corpo, este lhe dissesse o que ainda
poderia fazer pela alma. Postura sábia de quem,
não tendo sido propriamente religioso, soube bater
com dignidade à porta de Deus. E este certamente
que o atenderá.
Incapazes de alterar a ordem natural dos acontecimentos,
resta-nos, como simples mortais, agradecer-te pela tua
força de viver. Bem hajas, Jorge!
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