"Ciclo Civil 2002"
Costa Lobo critica urbanismo
na Covilhã
O anfiteatro I da UBI
encheu para ouvir um antigo urbanista da Covilhã.
Costa Lobo destacou a necessidade de dar maior visibilidade
aos urbanistas das cidades.
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Por Sandra Invêncio
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"A Covilhã tem ainda um longo caminho a percorrer",
afirma Manuel Costa Lobo, docente do Instituto Superior
Técnico, e antigo urbanista da cidade de Covilhã.
A conferência de Engenharia Civil intitulada "Da
Vivência Local aos Equilíbrios Mundiais",
teve como tema central o Planeamento e o Urbanismo e decorreu
na passada quarta feira, 10 de Abril.
Trata-se da terceira do "Ciclo Civil 2002", um
conjunto de conferências organizado pelo Departamento
de Engenharia Civil e pelo NECUBI (Núcleo de Estudantes
de Engenharia Civil da UBI).
O orador, Costa Lobo, trabalhou na Covilhã durante
30 anos e não poupa críticas à actual
situação da cidade: "A Covilhã
apresenta um problema de linearidade e além disso
podia estar debruçada sobre a serra", defende
o engenheiro. "Um engenheiro civil deve ter boas noções
de urbanismo e planeamento. Não precisamos de profissionais
que corrijam, mas de urbanistas que saibam prever o futuro
para que não seja necessário proceder a correcções",
acrescenta. Segundo Costa Lobo, deve recuperar-se uma certa
visibilidade urbanística, "uma relação
entre o urbanismo e a população" e lança
a questão: "Quem é que sabe o nome dos
actuais engenheiros urbanistas da Covilhã?".
Nuno Gomes, presidente do NECUBI, considera que este tipo
de iniciativas " motiva ainda mais os estudantes".
Os alunos inscritos na disciplina de Planeamento Regional
e Urbano terão que apresentar um trabalho tendo por
base o tema da conferência em questão. "
Uma forma interessante e diferente de avaliação"
acrescenta Nuno Gomes.
Segundo o Departamento de Engenharia Civil, irão
realizar-se pelo menos mais duas conferências neste
ano lectivo. A próxima terá lugar já
no proximo dia 29 de Maio.
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